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OMS: Vacina da AstraZeneca pode ser dada a pessoas com mais de 65 anos. Siga ao minuto

Depois de na reunião de ontem no Infarmed ter sido defendida a testagem em massa, Direção Geral da Saúde confirma que vai apresentar ainda esta semana uma alteração a essa estratégia.

ANTÓNIO COTRIM/LUSA
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Ao Minuto Atualizado 11 fev 2021
11 fev 2021 11 de fevereiro de 2021 às 14:17
autor Leonor Riso

Usar duas máscaras reduz exposição ao coronavírus em 97%

Usar duas máscaras ou ter a certeza que a sua máscara cirúrgica está bem ajustada e encostada à cara reduz significativamente a exposição ao coronavírus SARS-CoV-2. O Centro de Controlo de Doenças dos Estados Unidos (CDC) realizou várias experiências em janeiro a dois métodos: o primeiro, usar uma máscara de tecido (as chamadas máscaras sociais) por cima de uma máscara cirúrgica; o segundo, usar uma máscara cirúrgica de três camadas dando um nó aos elásticos que a seguram à cara, e encostando a máscara à cara. Leia toda a notícia. 

10 fev 2021 10 de fevereiro de 2021 às 16:52

Vacina AstraZeneca pode ser dada a pessoas com mais de 65 anos

O Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização (SAGE, na sigla em inglês) da Organização Mundial de Saúde (OMS)defendeu esta quarta-feira que a vacina AstraZenecapode ser administrada a pessoas com mais de 65 anos.

Vários países, incluindo Portugal, recomendaram que a vacina não fosse administrada a pessoas com mais de 65 anos, por haver dúvidas sobre a eficácia nesse grupo etário.

10 fev 2021 10 de fevereiro de 2021 às 15:06
Lusa

Processo de vacinação deve ser muito mais claro

O presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública defendeu esta quarta-feira que o processo de distribuição e administração das vacinas contra a covid-19 deve ser muito mais transparente e claro.

"Esse [processo] tem de ser muito mais transparente, tem de ser muito mais claro e tem de ser melhor comunicado. As pessoas têm de ter noção, perceção, de quando é que é expectável que venham a ser vacinadas", afirmou à agência Lusa Ricardo Mexia.

O médico exemplificou que "continua a haver um simulador que diz que grande parte dos portugueses vão ser vacinados em abril".

"Ora, isso não tem interação com a realidade, infelizmente. Gostávamos muito que fosse verdade, mas não é possível, porque não há vacinas para isso", declarou.

Insistindo que "ser claro em relação ao momento e o modelo como as pessoas vão ser vacinadas é absolutamente fundamental", o presidente da associação apontou, por outro lado, a necessidade de se evitar o ruído relativo às "situações de ultrapassagens, dos abusos que houve na administração das vacinas", pois "prejudicam a confiança de toda a gente no processo".

Ricardo Mexia referiu ainda a necessidade de se "ser claro em relação àquilo que são os grupos prioritários, ser claro em relação à forma como devem ser geridas, por exemplo, as eventuais sobras que surjam", para que "toda a gente mantenha confiança no processo".

Reconhecendo que a questão da vacinação tem um problema central, que é externo - "o ritmo de chegada das vacinas" -, o dirigente reconheceu que esta é uma situação que o país tem "alguma dificuldade em mudar", mas se o puder fazer era, no seu entender, uma "boa aposta".

"Contra isso podemos, eventualmente, encontrar outras soluções, contratar outras vacinas que estejam disponíveis no mercado, sabendo que é um mercado global, extremamente competitivo", disse.

Ricardo Mexia adiantou que "Portugal goza, felizmente, de uma grande confiança nas vacinas, aliás é um país ímpar na Europa" nesta matéria.

"Eu acredito que há um bom ambiente para implementar a vacinação, agora se eles não confiam no processo de administração das vacinas porque veem todos os dias que a situação se complica por diversas razões", como o ruído que "se quer introduzir no sistema, naturalmente, que isso também compromete alguma da sua confiança", afirmou, dizendo esperar que "isto não leve a que haja pessoas a equacionar a possibilidade de, quando chegar a sua vez, não se vacinarem".

"É fundamental que todas as pessoas se vacinem quanto tiverem essa oportunidade", apelou.

Na segunda-feira, a ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou que quase 400 mil doses da vacina contra a covid-19 foram administradas até às 13:00 desse dia.

"Até hoje [segunda-feira] às 13:00, foram realizadas, encontram-se registadas 397.404 inoculações. São cerca de 292 mil primeiras doses e cerca de 104 mil, quase 105 mil, segundas doses", especificou Marta Temido.

10 fev 2021 10 de fevereiro de 2021 às 13:40
Lusa

Ministra justifica colocação de médicos alemães no Hospital da Luz com questões de espaço

A ministra da Saúde, Marta Temido, justificou hoje a opção de colocar a equipa de médicos militares alemães no Hospital da Luz para apoio à resposta à covid-19 com a possibilidade de poderem trabalhar todos nas mesmas instalações.

"Entendemos que o mais vantajoso era que estivessem a trabalhar juntos e num espaço único, daí a opção que foi feita e a colaboração que também foi dada por este prestador para permitir criar essas condições, o que implicou reajustamentos da sua atividade criadas por este prestador", observou.

Numa audição na comissão parlamentar de Saúde, a governante disse que "foram avaliadas várias hipóteses" sobre o auxílio alemão, em resposta a uma pergunta do deputado do Bloco de Esquerda Moisés Ferreira, que questionou o porquê da colocação destes clínicos numa unidade privada e não no Serviço Nacional da Saúde (SNS).

Questionada sobre a colaboração entre o SNS e o setor privado, nomeadamente sobre a capacidade que foi disponibilizada, Marta Temido esclareceu que os acordos "mantêm-se sensivelmente estáveis", sustentando-se nas informações existentes até ao final de janeiro.

"Havia um total de 981 camas acordadas, mas aqui estão incluídas Forças Armadas, setor social e setor privado, sendo que camas contratualizadas ao setor privado e social nesta altura eram cerca de 745. O diferencial de 236 camas eram do Hospital das Forças Armadas e estruturas congéneres", indicou.

Quando confrontada com críticas da deputada do CDS Ana Rita Bessa sobre a estratégia de combate à pandemia, a ministra da Saúde reconheceu as dificuldades, mas reiterou que só se preocupa com as pessoas servidas pelos cuidados de saúde e com os profissionais de saúde.

"É muito difícil fazer a coordenação de um sistema de saúde e de um SNS como o nosso, polarizado em tantos níveis de ação. É um tema que merecerá melhor reflexão no contexto que enunciei brevemente no início, com a revisão do estatuto do SNS. É um tema a que temos de voltar", resumiu, sublinhando o "esforço" realizado para trabalhar com as diferentes entidades "para suprir as arestas da comunicação".

Marta Temido fez questão de notar também o "peso gigante sobre os profissionais de saúde", mas não deixou de apelar para a participação na definição de soluções para os atuais problemas.

"O poder político e executivo tem uma responsabilidade especial, mas o setor da Saúde é composto por profissionais altamente qualificados, com voz para a construção de melhores soluções. Peço também aos profissionais de saúde que procurem - dentro das suas instituições - encontrar soluções para os problemas e fazer funcionar a máquina. Se todos furarmos a máquina, será uma enorme descoordenação", avisou.

Marta Temido revelou também já ter recebido o relatório da Inspeção Geral das Atividades de Saúde (IGAS) sobre a alegada vacinação contra a covid-19 à margem dos critérios estabelecidos no lar de Reguengos de Monsaraz e que "em poucos dias será conhecido".

Em Portugal, morreram 14.354 pessoas dos 767.919 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

10 fev 2021 10 de fevereiro de 2021 às 12:31
Lusa

Siza Vieira: "A última coisa que faria era culpar portugueses" sobre período do Natal

O ministro do Estado, da Economia e da Transição Digital afirmou hoje que a "última coisa que faria era culpar portugueses" ou "enjeitar responsabilidades" sobre o período de Natal e o aumento de casos de covid-19.

Pedro Siza Vieira respondia ao PSD sobre a entrevista que o governante deu recentemente ao The New York Times, que cita o ministro da Economia a afirmar que "as evidências da mobilidade no país mostram" que os portugueses "não respeitaram as restrições" no período das férias do Natal.

Na sequência do período de férias, o número de casos de covid-19 aumentaram em Portugal.

O governante está a ser ouvido, no âmbito de audição regimental, na comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.

Pedro Siza Vieira explicou que tinha tido uma "conversa longa" com o jornalista do título norte-americano, onde foi questionado sobre o que poderia explicar o aumento do número de casos de pessoas infetadas com o novo coronavírus.

"Disse que não tínhamos certezas absolutas", afirmou o ministro, apontando uma conjugação de fatores, que inclui o "aumento da mobilidade durante o período", a "redução de testes" e a "penetração da variante inglesa".

"A última coisa que faria era culpar os portugueses ou enjeitar responsabilidades", asseverou Pedro Siza Vieira.

10 fev 2021 10 de fevereiro de 2021 às 11:13
Lusa

Segurança Social recebe 61 mil pedidos de apoio à família em janeiro

A Segurança Social recebeu 61 mil pedidos do apoio à família que abrange pais de crianças que tiveram de ficar em casa com os filhos devido ao encerramento das escolas, disse hoje a ministra Ana Mendes Goinho.

Os números foram adiantados no parlamento pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, numa audição na Comissão de Trabalho e Segurança Social a pedido do PSD sobre o encerramento das escolas nos Açores em novembro sem que tivesse havido apoio às famílias.

Ana Mendes Godinho considerou "extemporânea" a audição do PSD, sublinhando que os esforços devem estar concentrados agora na situação atual e lembrou que o apoio às famílias foi agora ativado no âmbito do encerramento das escolas de janeiro.

A ministra disse que 61 mil pessoas pediram o apoio à família que foi retativado em janeiro e lembrou que em 2020 o apoio chegou a 201 mil famílias e teve um impacto de 83 milhões de euros.

O apoio excecional à família, que já tinha sido aplicado no confinamento em março, é dirigido aos pais de crianças até aos 12 anos que tiverem de ficar em casa com os filhos devido ao encerramento das escolas.

Os pais que tenham de faltar ao trabalho para prestar assistência inadiável a filho ou dependente a cargo têm direito a receber um apoio correspondente a dois terços da sua remuneração base, com um limite mínimo de 665 euros e um limite máximo de 1.995 euros.

Os pais que estiverem em teletrabalho não são abrangidos pelo apoio.

10 fev 2021 10 de fevereiro de 2021 às 11:11
Lusa

Pandemia deixará "um rasto pesado" na saúde mental da população

A ministra das Saúde, Marta Temido, afirmou hoje que a pandemia de covid-19 deixará "um rasto pesado" na saúde mental da população, sublinhando que há muito por fazer nesta área.

"Naturalmente, a pandemia deixará um rasto pesado sobre aquilo que é a saúde mental de todos nós, quer em termos estritamente de equilíbrio quer em termos de doença mental mais profunda", afirmou Marta Temido na Comissão de Saúde, onde está a ser ouvida na primeira audição regimental do ano.

A questão da saúde mental foi levantada pela deputada do PS Hortense Martins, afirmando que a saúde mental, "que muitos tentam desvalorizar, é importantíssima".

"Não salvam vidas só com as questões físicas. A saúde mental também é importante para salvar essas mesmas vidas", defendeu Hortense Martins.

Em resposta, Marta Temido afirmou que há muito por fazer nos sistemas relativamente a esta área, nomeadamente dos doentes que aguardam alta por falta de condições sociais.

"Muitos deles são situações de inexistência de alternativas na área da saúde mental e, por isso, nós no plano de recuperação e resiliência temos uma linha específica para a saúde mental", avançou.

Entre outros aspetos, adiantou: "pretendemos concluir a reforma da aplicação do Plano Nacional de Saúde Mental e a reforma daquilo que é o trabalho dos hospitais psiquiátricos integrando-os, desenvolvendo unidades de psiquiatria em hospitais gerais e criando residências assistidas para os doentes que não têm alternativa".

10 fev 2021 10 de fevereiro de 2021 às 10:51
autor Ana Bela Ferreira

Hong Kong vai aligeirar restrições

A partir de 18 de fevereiro, Hong Kong vai começar a aligeirar as restrições contra a covid-19. Com os casos a baixar, vão reabrir os desportos e o entretenimento.

Os novos casos estavam no final de janeiro nos 80. 

10 fev 2021 10 de fevereiro de 2021 às 10:41
Lusa

Capacidade de rastreio quase triplicou entre dezembro e fevereiro

A capacidade de rastreio dos casos de covid-19 quase triplicou entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021, disse esta quarta-feira a ministra da Saúde, que assumiu que a resiliência do Serviço Nacional de Saúde (SNS) foi "posta à prova".

Numa audição na Comissão de Saúde, na Assembleia da República, em Lisboa, Marta Temido lembrou que as autoridades avançaram também com a "simplificação dos inquéritos epidemiológicos" e a "adoção de modelos colaborativos" a este nível, que, de acordo com a governante, permitem "na maioria do país" a garantia de contacto com as pessoas nas primeiras 24 horas.

"[Quero] referir também o reforço da capacidade de rastreio das autoridades de saúde pública, quer através da mobilização de funcionários da administração central e local, estudantes e de elementos das forças de segurança e armadas. Em 13 de dezembro, o número de profissionais, equivalentes a tempo integral, a realizar inquéritos epidemiológicos era de 427 e em 04 de fevereiro ultrapassavam os 1.100", afirmou.

Entre as medidas de resposta à pandemia de covid-19, Marta Temido lembrou também a "melhoria e expansão da linha SNS24", o reforço da capacidade laboratorial através de um programa vertical de reforço orçamentado em 8,4 milhões de euros, "que permitiu passar de uma autonomia de 6.000 testes PCR por dia para cerca de 22.000 só na rede SNS", e o programa centralizado de financiamento de cuidados intensivos.

Neste âmbito, a ministra da Saúde indicou a compra de mais de 1.100 ventiladores desde o início da pandemia e revelou também ter assinado na terça-feira um despacho que autoriza uma "despesa de mais de nove milhões de euros para ampliação" de outros serviços de medicina intensiva nos hospitais do SNS.

Já sobre os recursos humanos, Marta Temido destacou o regime excecional de contratação para a resposta à covid-19, permitindo "a celebração de 8.452 contratos que ainda se encontram ativos, dos quais mais de 1.300 já foram convertidos em contratos sem termo", sendo que outros 800 estão em concurso e mais 1.251 são "suscetíveis de conversão ate ao final do primeiro trimestre".

Segundo a intervenção de abertura da governante aos deputados da Comissão, a rede pública de saúde contava no final de 2020 com mais 9.123 trabalhadores, entre os quais 614 médicos especialistas, 3.263 enfermeiros e 3.207 assistentes, que se traduziu num aumento da despesa que estava prevista.

Reconhecendo um mês de janeiro que colocou "duramente" à prova o SNS, Marta Temido vincou que "a resposta foi dada" e que a capacidade de trabalho demonstrada tornou todo o sistema "mais forte".

A governante apontou como metas para este ano a "aceleração da vacinação e a expansão da testagem", a "recuperação das necessidades assistenciais não covid" e a "aprovação do estatuto do SNS", para concretizar ainda no primeiro semestre.

10 fev 2021 10 de fevereiro de 2021 às 10:18
Lusa

Comissão Europeia anuncia plano para aumentar sequenciação das mutações do vírus

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou esta quarta-feira um novo plano para a União Europeia (UE) aumentar a sequenciação das mutações do SARS-CoV-2, que visa tornar "mais célere" a deteção de novas estripes.

"Esta luta contra o vírus é uma maratona, precisamos de resistência, de energia, [porque] quase todos os dias ouvimos notícias de novas variantes, sobre o quão contagiosas são. Ainda nem temos o enquadramento total quanto à eficácia das vacinas e dos tratamentos nas novas estirpes, mas sabemos que estas variantes vão continuar a surgir e que temos de estar preparados", vincou Ursula von der Leyen.

Falando na sessão plenária do Parlamento Europeu, em Bruxelas, para fazer um ponto de situação relativamente à estratégia da UE sobre a vacinação contra a covid-19 após várias polémicas com as farmacêuticas, a líder do executivo comunitário anunciou que a instituição irá lançar uma "nova agenda de luta contra as novas variantes", para assegurar que o bloco comunitário se "adapta aos novos desafios".

Para Ursula von der Leyen, a UE deve apostar na "sequência das novas mutações e na partilha sistemática e célere dos dados".

"Para derrotarmos o vírus, temos de saber o máximo sobre ele", salientou.

Como a saúde é uma competência nacional, a sequenciação das mutações do SARS-CoV-2 tem vindo a ser feita na UE pelas autoridades sanitárias dos Estados-membros, o que leva a grandes discrepâncias na monitorização de novas estirpes.

As variantes que, de momento, causam maior preocupação aos especialistas são as do Reino Unido, Brasil e África do Sul, dado ser muito mais contagiosas.

10 fev 2021 10 de fevereiro de 2021 às 10:17
Lusa

África com mais 712 mortos e 11.965 infetados nas últimas 24 horas

África registou nas últimas 24 horas mais 712 mortes por covid-19 para um total de 96.241 óbitos, e 11.965 novos casos de infeção, segundo os mais recentes dados oficiais da pandemia no continente.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número total de infetados nos 55 Estados-membros da organização é de 3.690.488 e o de recuperados nas últimas 24 horas é de 15.083, para um total de 3.222.163 desde o início da pandemia.

A África Austral continua a ser região mais afetada, com 1.757.406 infetados e 52.317 mortos. Nesta região, a África do Sul, o país mais atingido pela covid-19 no continente, regista 1.479.253 casos e 46.869 mortes.

O Norte de África é a segunda zona mais afetada pela pandemia, com 1.117.406 infetados e 30.849 vítimas mortais.

A África Oriental contabiliza 373.244 infeções e 7.049 mortos, enquanto na África Ocidental o número de infeções é de 349.557 e o de mortes ascende a 4.381.

A África Central tem 92.325 casos e 1.645 óbitos.

O Egito, que é o segundo país africano com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, regista 9.751 mortes e 170.780 infetados, seguindo-se Marrocos, com 8.424 vítimas mortais e 476.125 casos.

Entre os seis países mais afetados estão também a Argélia, com 2.926 óbitos e 109.467 casos, a Etiópia, com 2.158 vítimas mortais e 143.566 infeções, e o Quénia, com 1.789 óbitos e 102.048 infetados.

Em relação aos países de língua oficial portuguesa, Angola regista 478 óbitos e 20.163 casos de infeção, seguindo-se Moçambique (480 mortes e 45.785 casos), Cabo Verde (137 mortos e 14.478 casos), Guiné Equatorial (87 óbitos e 5.614 casos), Guiné-Bissau (46 mortos e 2.810 casos) e São Tomé e Príncipe (18 mortos e 1.385 casos).

O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito, em 14 de fevereiro de 2020, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.325.744 mortos no mundo, resultantes de mais de 106,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

10 fev 2021 10 de fevereiro de 2021 às 10:10
Lusa

Von der Leyen: Fomos demasiado otimistas sobre produção de vacinas

A presidente da Comissão Europeia disse esta quarta-feira que a União Europeia (UE) foi "demasiado otimista" quanto ao ritmo de produção de vacinas contra a covid-19, apelando à indústria farmacêutica para "se adaptar ao ritmo acelerado da ciência".

"Esta luta contra o vírus não está [a ser] como gostaríamos. Demorámos mais tempo na autorização e fomos demasiado otimistas na produção de vacinas e talvez tenhamos mostrado uma confiança de que o produto iria chegar atempadamente e, portanto, temos de tirar ilações", declarou Ursula Von der Leyen.

A presidente da Comissão Europeia, que falava na sessão plenária do Parlamento Europeu, em Bruxelas, para fazer um ponto de situação relativamente à estratégia da UE sobre a vacinação contra a covid-19 após várias polémicas com as farmacêuticas, insistiu que o bloco comunitário "subestimou as dificuldades da produção em grande escala destas vacinas".

Notando que, normalmente, "é preciso cinco a 10 anos" para criar uma vacina e que, desta vez, "isso foi feito em 10 meses", a líder do executivo comunitário vincou que "a ciência ultrapassou a indústria" ao ter conseguido este "grande êxito".

Ursula von der Leyen instou, por isso, as empresas farmacêuticas a "adaptarem-se ao ritmo acelerado da ciência".

Ainda assim, fez questão de sublinhar que "a vacinação na Europa ganhou já um determinado ritmo", apontando que, até ao momento, foram já vacinadas mais de 70 milhões de pessoas.

"E podemos conseguir que uma parte substancial da população adulta da UE seja vacinada até final do verão", adiantou, numa alusão ao objetivo de vacinar 70% da população adulta até essa altura.

Ursula von der Leyen deu ainda como exemplo os processos de vacinação de países como Polónia, Dinamarca e Itália.

Este debate decorreu numa altura de tensão entre Bruxelas e as farmacêuticas, que não deverão entregar as doses acordadas com a Comissão Europeia para estes primeiros meses de 2021 por não terem capacidade de produção suficiente para os 27 Estados-membros, o que já levou a atrasos na distribuição.

Para tentar colmatar este problema, Ursula von der Leyen lembrou que foi já criado um grupo de trabalho gerido pelo comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, para "ajudar a resolver as dificuldades" detetadas pelas farmacêuticas e, assim, aumentar a capacidade de produção de vacinas no espaço comunitário.

Apesar de admitir que "a produção de vacinas é um processo complexo", a responsável recordou às empresas farmacêuticas que "há milhões de euros investidos" por parte da UE.

Outro dos pontos destacados por Ursula von der Leyen no seu discurso assentou no tempo que uma vacina para a covid-19 demora até ter 'luz verde' do regulador europeu.

"Fizemos uma escolha de não optar por atalhos em termos de segurança ou de eficácia e assumimos essa escolha na íntegra", mas "isso significa que a aprovação demora três a quatro semanas adicionais", desde a realização do pedido de comercialização, admitiu.

Ainda assim, para a líder do executivo comunitário, este processo conduzido pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) "é essencial para a confiança e segurança".

Para tentar reduzir este tempo de aprovação, Ursula von der Leyen anunciou uma nova rede europeia sobre testes clínicos, que permitirá aos Estados-membros partilharem dados com a EMA.

"Este quadro regulamentar irá permitir à EMA examinar as vacinas o mais depressa possível", adiantou.

10 fev 2021 10 de fevereiro de 2021 às 09:58
autor Ana Bela Ferreira

Alemanha planeia manter confinamento até 14 de março

A Alemanha está a planear estender as restrições até 14 de março, indica uma primeira versão do entendimento entre a chanceler Angela Merkel e os líderes dos 16 estados federais.

O número de infeções diárias na Alemanha está a cair, o que tem levado alguns líderes a pedir para que as medidas sejam aligeiradas. 

"Estamos numa situação extremamente frágil", referiu o líder dos Verdes no estado de BAden-Wuerttemberg, Winfried Kretschmann, ao Der Spiegel. "Podemos ver outros países, como Portugal, como as coisas podem mudar rapidamente para pior."

O documento que começa esta quarta-feira a ser discutido mostra, indica a Reuters, que os cabeleireiros pdoerão reabrir, sob fortes restrições, já a 1 de março. Merkel também já tinha indicado que as escolas primárias e infantários seriam os primeiros a reabrir.

10 fev 2021 10 de fevereiro de 2021 às 09:34
Lusa

Von der Leyen lamenta "profundamente" erro relativo à Irlanda do Norte

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse esta quarta-feira "lamentar profundamente" o erro da instituição aquando do lançamento do mecanismo de controlo de exportação de vacinas, que previa restrições nas entregas à Irlanda do Norte.

"Quanto ao mecanismo de exportação, gostaria de falar na Irlanda do Norte. Foram adotados erros aquando da tomada de decisão e lamento profundamente, mas conseguimos corrigir", declarou a líder do executivo comunitário na sessão plenária do Parlamento Europeu, em Bruxelas.

Numa comunicação sobre a estratégia da UE de vacinação contra a covid-19 após várias polémicas com as farmacêuticas, Ursula von der Leyen abordou o erro inicial previsto no mecanismo de autorização de exportação de vacinas e assegurou que fará "todos os esforços para manter a paz" na Irlanda do Norte.

As críticas a Von der Leyen têm subido de tom nas últimas semanas, face ao lento processo de vacinação contra a covid-19 na UE e ao incumprimento, pelas farmacêuticas, dos contratos assinados com Bruxelas, e agravaram-se depois do grave "lapso" por ocasião do lançamento do mecanismo de controlo de exportação de vacinas relativo à Irlanda do Norte.

Ao fazê-lo, a Comissão desencadeou uma cláusula que revogava o protocolo previsto no acordo do 'Brexit' destinado a evitar o regresso de uma fronteira e controlos aduaneiros entre a Irlanda, um membro da UE, e a província britânica da Irlanda do Norte, suscitando a indignação de Londres, Dublin e Belfast, mas também de muitos responsáveis comunitários.

O erro foi imediatamente corrigido, mas, desde então, Von der Leyen ainda não o tinha explicado publicamente, limitando-se apenas a dar entrevistas a órgãos de comunicação por si escolhidos.

O debate de hoje no Parlamento Europeu decorre numa altura de tensão entre Bruxelas e as farmacêuticas, que não deverão entregar as doses acordadas com a Comissão Europeia para estes primeiros meses de 2021 por não terem capacidade de produção suficiente para os 27 Estados-membros, o que já levou a atrasos na distribuição.

Por isso, a Comissão Europeia estabeleceu, no final de janeiro, um mecanismo de autorização de exportação de vacinas para a covid-19, com o objetivo de garantir a transparência do processo e as doses suficiente para os cidadãos da UE.

10 fev 2021 10 de fevereiro de 2021 às 09:32
autor SÁBADO

DGS vai propor testes a contactos com casos positivos de covid-19

A Direção-Geral da Saúde (DGS) vai apresentar esta semana ao Ministério da Saúde "uma proposta de revisão da estratégia de testagem" para a nova fase de combate à pandemia de covid-19. Segundo avança a TSF, o objetivo da revisão da estratégia passa por "fomentar as ações de rastreio, bem como os testes a realizar a contactos de casos positivos de covid-19".

Gaza e a erosão do Direito Internacional

Quando tratados como a Carta das Nações Unidas, as Convenções de Genebra ou a Convenção do Genocídio deixam de ser respeitados por atores centrais da comunidade internacional, abre-se a porta a uma perigosa normalização da violação da lei em cenários de conflito.

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Floresta: o estado de negação

Governo perdeu tempo a inventar uma alternativa à situação de calamidade, prevista na Lei de Bases da Proteção Civil. Nos apoios à agricultura, impôs um limite de 10 mil euros que, não só é escasso, como é inferior ao que anteriores Governos PS aprovaram. Veremos como é feita a estabilização de solos.