A empreitada dos pastéis sempre me impressionou. Fazer pastéis requer O Dia de Fazer Pastéis, a manhã e início de tarde em que toda a cozinha une esforços para se dedicar aos pastéis. A bancada não pode mais cumprir o seu dever de expor chaleiras e torradeiras, a mesa fica sem naprons e fruteiras, o fogão tem de dar gás ao panelão do recheio porque a cozinha é um gabinete de crise preocupado com um problema: a escassez de pastéis. 100? 200? Para a minha mãe, os números sempre foram astronómicos e em criança — até há uns 5 anos — nunca considerei a hipótese de pastéis se fazerem em menores tiragens (penso que ficou claro na quantidade de vezes que leram a palavra pastéis desde o início — não é possível que venha só uma ou duas vezes.

Cozinhar de quarentena #2: pastéis de massa tenra

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