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Climáximo denuncia "detenção" de 12 ativistas sem justificação legal em Cascais

Lusa 08 de outubro de 2023 às 12:29
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Fonte do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP confirmou que, perto do hipódromo de Cascais, "foram intercetados vários ativistas" do Climáximo que, "com tarjas e com tinta", se "preparavam para executar uma ação ilícita", pelo que "foram todos identificados e constituídos arguidos".

O Climáximo denunciou este domingo terem sido "detidos" sem "justificação legal" 12 ativistas daquele movimento pelo clima que estavam reunidos perto da partida da maratona EDP, contrapondo a PSP que foram "identificados e constituídos arguidos" porque preparavam "uma ação ilícita".

Climáximo / Instagram

"Esta manhã, num local público próximo da partida da maratona EDP, em Cascais, 10 agentes à paisana, vestidos com o equipamento oficial da corrida, detiveram 12 apoiantes do Climáximo que estavam reunidos a conversar, levando-os para a Divisão Policial de Cascais, onde tiveram de permanecer duas horas", avança o movimento em comunicado.

Contactada pela agência Lusa, fonte do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP confirmou que, perto do hipódromo de Cascais, "foram intercetados vários ativistas" do Climáximo que, "com tarjas e com tinta", se "preparavam para executar uma ação ilícita", pelo que "foram todos identificados e constituídos arguidos".

Afirmando, contudo, desconhecer os motivos da "detenção", o Climáximo refere que os ativistas foram levados pela polícia "sem ter sido dada justificação legal", considerando tratar-se de um "ataque à liberdade e democracia".

Citada no comunicado divulgado pelo Climáximo, Maria Mesquita, ativista no local, diz que o grupo estava sentado perto do local da maratona da EDP, "como tantas outras pessoas", quando foi abordado por 10 polícias à paisana, que os "identificaram e trouxeram ilegalmente para a divisão policial de Cascais", sem "nunca identificarem qualquer base legal para a detenção".

"É nisto que a EDP e o Governo escolhem gastar os seus recursos e os recursos do Estado, em vez de garantir a requalificação das centenas de trabalhadores que foram despedidos quando fecharam a central termoelétrica de Sines, em vez de desmantelar e garantir a transição justa para as centrais fósseis ainda em funcionamento em Portugal e em vez de se garantir que cumprimos os limites definidos pelas Nações Unidas, que garantem a segurança e os direitos das pessoas face a esta guerra declarada pela indústria fóssil e pelos governos", argumenta.

Também citado no comunicado, o ativista do Climáximo Hugo Fonseca avança que o "hoje iria realizar-se uma manifestação pacífica de denúncia aos crimes da EDP, que não aconteceu", sustentando que "foi retirado a estas pessoas o direito democrático à associação, livre circulação e protesto".

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