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Academia sueca integra poetisa para ocupar lugar vago pelo escândalo

12 de fevereiro de 2019 às 14:10
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A instituição que atribui o Prémio Nobel da Literatura anunciou a entrada da poetisa Tua Forsström para colmatar vaga deixada por escândalo sexual e fuga de informações.

A Academia Sueca anunciou esta terça-feira a entrada da poetisa Tua Forsström na instituição que atribui o Prémio Nobel da Literatura e que atravessa a pior crise da sua história, devido a um escândalo sexual e de fuga de informações.

Tua Forsström passa a ocupar o lugar número 18, deixado livre no mês passado pela também poetisa Katarina Frostenson, após chegar a um acordo com a Academia, que aceitou atribuir-lhe um subsídio mensal em troca da sua renúncia voluntária.

Um relatório encomendado pela instituição havia concluído que a expulsão de Katarina Frostenson se justificava por ter violado os estatutos, ao informar o marido, o artista francês Jean-Claude Arnault, sobre os vencedores do Nobel e diversas nomeações.

Seis académicos deixaram a instituição desde abril do ano passado, enquanto dois regressaram à atividade e cinco novos foram admitidos, pelo que atualmente estão ocupados dezasseis dos dezoito assentos.

Continua por resolver a situação da ex-secretária Sara Danius, que ainda não esclareceu se regressa à Academia.

A entrada de Tua Forsström - que pertence à minoria sueca da Finlândia - não será formalizada até à próxima assembleia anual, que será realiza a 20 de dezembro.

O caso teve origem nas acusações de abuso sexual, publicadas em novembro de 2017 pelo principal jornal sueco, feitas por 18 mulheres contra uma "personalidade cultural" muito perto da Academia, seguidamente identificada como sendo Jean-Claude Arnault.

A instituição rompeu relações e pediu uma auditoria, que concluiu ter havido fugas de informação e apoio económico, por parte da academia ao clube literário de Jean-Claude Arnault, violando regras de imparcialidade, já que a sua mulher era membro da instituição.

A falta de acordo em relação a medidas a tomar e em relação à situação dos Frostenson provocou uma onda de demissões e o adiamento, pela primeira vez em sete décadas, do Prémio Nobel de Literatura.

Para permitir a renúncia real dos seus membros e a eleição de novos, a academia teve de mudar os estatutos e recorrer a um grupo externo de especialistas em Direito, resolução de conflitos, organização e comunicação.

Jean-Claude Arnault foi condenado em dezembro pelo Tribunal de Recurso de Estocolmo a dois anos e meio de prisão por dois casos de violação de uma mulher em outubro de 2011.

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