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A verdadeira história de Noa, que aos 17 anos quis morrer

Mariana Branco
Mariana Branco 05 de junho de 2019 às 14:03

Violada em criança, a jovem holandesa lutou durante anos contra uma depressão, anorexia e stress pós-traumático, até perceber que não tinha mais forças para continuar a viver. A eutanásia não foi autorizada, mas Noa deixou-se morrer.

"Não vou estar com rodeios: vou estar morta dentro de dez dias. Depois de anos a sofrer, a minha luta terminou. Por fim, vou ficar libertada do meu sofrimento, que é insuportável. Não me tentem convencer de que isto não é bom. É uma decisão bem pensada e definitiva". Foi assim que começou por se despedir Noa Pothoven, uma jovem holandesa de 17 anos que escolheu morrer depois de anos a lutar contra uma depressão, anorexia e stress pós-traumático. Mas a eutanásia não foi autorizada: morreu em casa, com acesso a cuidados paliativos, depois de deixar de comer e beber e tanto os médicos, como os pais terem acedido a não alimentá-la à força (com sonda).

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