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A saga das obras de arte roubadas pelos nazis

Lucília Galha
Lucília Galha 11 de julho de 2021 às 18:00

Compromisso assinado por 44 países facilitou a devolução das peças aos originais proprietários. Mas não há nada que obrigue a que as restituições aconteçam.

Terá sido entre 1933 e 1935 que Max Liebermann, um pintor judeu alemão, fez o retrato da sua mulher, Martha Liebermann. O artista morreu antes da perseguição antissemita, mas a mulher, que guardava o quadro no seu apartamento em Berlim, acabaria por se suicidar aos 85 anos para evitar ser deportada para um campo de concentração. O retrato constava da lista de objetos apreendidos pela Gestapo da sua casa. Vinte anos mais tarde, este mesmo retrato foi comprado pelo industrial alemão Georg Schäfer a um negociante de Munique – e desde então faz parte do acervo do museu de arte com o seu nome na cidade de Schweinfurt, na Baviera.

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