Sábado – Pense por si

Como lidar com a angústia diária gerada pela guerra da Ucrânia

Sónia Bento
Sónia Bento 12 de março de 2022 às 18:00

Acompanham tudo o que se passa no conflito, dormem em sobressalto e há até quem tenha vontade de ir combater. Os especialistas avisam que é preciso desligar.

Estou assoberbado com esta guerra e sigo tudo ao segundo. A maioria das pessoas não está a ver bem a dimensão do que acontece. Isto é muito pior do que a Covid, que nos impediu de viver com normalidade nos últimos dois anos, e a mim, em particular, fez-me perder a minha mãe”, diz à SÁBADO Henrique Varela, empregado bancário, de 48 anos. Desde que rebentou o conflito na Ucrânia, passa o dia a ver e a ler tudo, na televisão, no telemóvel ou no tablet. “Deito-me preocupado e acordo com uma sensação de angústia. Pego logo no telemóvel para ver o que se passa. Tenho muito medo das armas nucleares e a partir do dia em que isto começou deixei de ver os programas de televisão que me relaxam, como debates de futebol. Há dias dei por mim a assistir a um jogo na televisão, mas com o telemóvel na mão para acompanhar as notícias”, conta.

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