Catarina Avelar, com 81 anos, 62 de profissão, é a mais velha em palco. Maria Emília Correia, com 73, e uma carreira teatral em tempos interrompida para realizar programas culturais na televisão, a mais nova. Entre uma e outra estão, com 76, Lídia Franco e Márcia Breia.
Na peça – Só Eu Escapei, de Caryl Churchill, encenada no Teatro Aberto por João Lourenço – esta última, na pele de uma D. Regina, é uma espécie de "mensageira da catástrofe".
Pelo meio das cenas onde as quatro, num jardim, interpretam típicas idosas a beber chá e a comentar o quotidiano – as famílias, os antigos empregos, os sonhos e medos ou as séries de televisão –, ela chega-se à boca de cena e, enquanto são projetadas imagens de vídeo ao fundo, vai enumerando catástrofes. Lá estão os fogos e o degelo, a seca e a fome, os vírus e os conflitos sociais, tudo descrito no passado, como já tendo acontecido.
Portanto, é num planeta devastado que se passa a ação, aparentemente ligeira, apesar das repetições e traições da memória, típicas da idade.
Pedimos às quatro atrizes que, entre si, debatessem este trabalho e como a pandemia o afetou.
Só Eu Escapei
Teatro Aberto, Lisboa
Até 28/Fevereiro/2021
4.ª a 6.ª, 19h
€15 (c/descontos)
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