Jes Staley desenvolveu a relação comercial com Epstein nos anos 2000 quando chefiou o braço bancário privado do JPMorgan, que tinha o financiador norte-americano entre os seus clientes.
O presidente executivo (CEO) do Barclays, Jes Staley, renunciou hoje ao cargo na sequência do relatório dos reguladores britânicos sobre as ligações ao financeiro Jeffrey Epstein e que a administração do banco considerou "dececionante".
Jes StaleyReuters
O Barclays veio hoje dizer que "a investigação não demonstra, nas suas conclusões, qualquer evidência de que o senhor Staley tivesse visto ou tivesse conhecimento de qualquer dos alegados crimes do senhor Epstein", e Jes Staley já anunciou que vai contestar o relatório.
Epstein suicidou-se numa prisão federal de Manhattan em agosto de 2019, um mês após a sua detenção sob acusação de tráfico sexual, envolvendo raparigas menores.
C.S. Venkatakrishnan, que era anteriormente responsável global dos mercados no Barclays Group, substitui Jes Staley a partir de hoje, disse o banco.
O Barclays revelou em fevereiro do ano passado que Jes Staley, um americano de 64 anos, era o alvo desta investigação, o que não impediu que a empresa renovasse a sua confiança nele.
"O Barclays e Jes Staley, presidente executivo do grupo, foram informados na sexta-feira à noite das conclusões preliminares" desta investigação lançada pelos dois principais reguladores financeiros do Reino Unido, a FCA e a PRA, sobre a forma como o Jes Staley falou ao seu grupo sobre as suas ligações comerciais passadas com Jeffrey Epstein.
"Tendo em conta estas conclusões e a intenção do Sr. Staley de as contestar, o Conselho de Administração e o Sr. Staley concordaram que ele renunciará ao cargo de presidente executivo do grupo executivo e CEO do Barclays", disse o banco britânico.
Jes Staley desenvolveu a relação comercial nos anos 2000 quando chefiou o braço bancário privado do JPMorgan, que tinha o financiador dos EUA entre os seus clientes. Anteriormente tinha afirmado que o seu último contacto com Epstein tinha sido em 2015.
A administração do banco disse estar "dececionada" com o resultado, apesar de "o Sr. Staley ter liderado com sucesso o grupo Barclays desde dezembro de 2015 com verdadeiro empenho e competência", recusando-se a "comentar mais sobre as conclusões preliminares" da investigação enquanto o processo "deve ainda seguir o seu curso".
A FCA e a PRA disseram, numa declaração, que "não comentam as investigações ou procedimentos regulamentares em curso" para além do que já foi anunciado pela empresa.
Presidente executivo do Barclays demite-se depois de relatório sobre Epstein
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.