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Hitler sofria de distúrbio no desenvolvimento dos órgãos sexuais

Lusa 14 de novembro de 2025 às 13:49

O ADN de Hitler foi estudado a partir de um pedaço de tecido ensanguentado do sofá onde o ditador nazi acabou com a própria vida.

O ditador alemão Adolf Hitler sofria da síndrome de Kallmann, uma perturbação genética que dificulta uma puberdade normal e o desenvolvimento dos órgãos sexuais, de acordo com análises de ADN reveladas por uma televisão britânica.
Bettmann/Getty
Segundo um documentário do Canal 4, a transmitir no sábado, embora alguns detalhes tenham sido revelados hoje, a investigação foi liderada pela geneticista Turi King, que em 2012 identificou os restos mortais do rei Ricardo III de Inglaterra (1483-1485). O ADN de Hitler foi estudado a partir de um pedaço de tecido ensanguentado do sofá onde o ditador nazi acabou com a própria vida, segundo o programa, intitulado “ADN de Hitler. Projeto de um ditador”. Em maio de 1945, soldados Aliados percorreram o ‘bunker’ de Hitler em Berlim e um deles guardou um pedaço de tecido do sofá onde ele se suicidou. Esse pedaço de tecido foi agora analisado em profundidade para sequenciar o ADN de Hitler (1889-1945). A descoberta da síndrome de Kallmann coincide com os registos médicos da prisão de Landsberg, onde Hitler esteve detido em 1923, descobertos por investigadores alemães em 2010. Segundo esses registos, um médico certificou que o líder nazi apresentava criptorquidia direita, ou seja, a descida incompleta de um dos testículos. Até 10% das pessoas com síndrome de Kallmann também apresentam micropénis e os sintomas mais frequentes são níveis baixos ou flutuantes de testosterona, de acordo com especialistas. O programa de televisão oferece detalhes do desenvolvimento sexual de Hitler, uma análise da ascendência e dúvidas sobre o estado psicológico do ditador. “Se tivesse visto os seus próprios resultados genéticos, quase de certeza que se teria condenado às câmaras de gás”, afirmou King no documentário, segundo a agência de notícias espanhola EFE. Noutro momento, King disse que Hitler não tinha ascendência judaica, como se pensava há algum tempo. King decidiu participar na análise depois de vários laboratórios se terem recusado a colaborar e tendo em conta que atualmente se analisa ADN histórico, desde a época dos romanos. “Pensei muito, mas isso seria feito em algum momento e queríamos garantir que fosse feito de forma extremamente metódica e rigorosa”, disse King, que deixou claro que “a genética não justifica em absoluto o que ele fez”. Adolf Hitler, que liderou a Alemanha entre 1933 e 1945, foi o principal responsável pela Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e pelo Holocausto, o genocídio de milhões de judeus, que incluiu também o extermínio de comunistas, ciganos ou homossexuais.
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