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Ex-marido da australiana que assassinou os sogros com cogumelos venenosos acredita que também foi envenenado

Débora Calheiros Lourenço 08 de agosto de 2025 às 10:01

Esta sexta-feira foram conhecidas as evidências pré-julgamento. Simon Paterson partilhou ainda que tinha parado de comer alimentos preparados pela ex-mulher por medo.

O ex-marido da mulher condenada por matar três pessoas com cogumelos venenosos na Austrália afirmou que suspeitava que estava a ser envenenado há mais de um ano antes de o almoço que se tornou fatal para os seus pais e tia. 
7 News
Esta sexta-feira um juiz revogou uma ordem de silêncio relativa às evidências pré-julgamento que Erin Patterson queria que continuassem desconhecidas enquanto tenta anular as condenações. Entre essas evidências encontram-se as declarações do ex-marido da australiana de 50 anos.  Simon Patterson testemunhou numa audiência pré-julgamento que recusou o convite para almoçar por ter medo de Erin: “Achei que haveria o risco de ela me envenenar se eu comparecesse”.  O australiano partilhou ainda que tinha parado de comer alimentos preparados pela ex-mulher, de que estava afastado desde 2015, por medo, mas que nunca pensou que outras pessoas pudessem estar em perigo.  Erin Patterson foi pelo Supremo Tribunal do estado de Vitória no mês passado pelo assassinato dos seus ex-sogros, Don e Gail Patterson, e da irmã de Gail, Heather Wilkinson, na sua casa em Leongatha com um almoço em que com cogumelos venenosos.  Inicialmente a mulher também foi acusada de três tentativas de homicídio ao ex-marido em três ocasiões diferentes entre novembro 2021 e setembro 2022, Erin negou todas as acusações e os procuradores acabaram por retirar estas acusações antes do início do julgamento.  Durante o julgamento, Simon Patterson testemunhou que suspeitava que a sua ex-esposa o tinha deliberadamente deixado gravemente doente com refeições de massa penne à bolonhesa, caril de frango e um wrap de caril de vegetais, no entanto nenhum veneno foi encontrado.   O tribunal também divulgou um vídeo do interrogatório policial a Erin Patterson, uma semana depois do almoço fatal. Depois de ser questionada sobre o porquê de ter convidado os dois cais para almoçar em sua casa a mulher respondeu que queria manter o relacionamento com a família do ex-marido porque os seus pais já tinham morrido e Don e Gail tinham continuada a ajudá-la e eram os únicos avós dos seus dois filhos.   Está marcada para 25 de agosto a audiência para determinar a sentença que pode chegar a uma pena prisão perpétua.  
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