Fomos à Alemanha a pensar no Euro 2024 de futebol, mas descobrimos outras boas razões para a viagem. Hamburgo é uma das cidades anfitriãs do evento e a cerca de 100 quilómetros estão duas joias históricas que não vai querer perder: Schwerin e Wismar.
Bernd Wehmeyer é um dos heróis de Atenas. A 25 de maio de 1983, o Hamburgo SV chegou à final da Taça dos Clubes Campeões Europeus, a atual Liga dos Campeões. No Estádio Olímpico da capital grega, Bernd e os colegas de equipa defrontaram a poderosa Juventus FC. Antes de o jogo começar, as previsões apontavam para uma vitória clara da equipa italiana onde brilhavam craques como o lendário guarda-redes Dino Zoff, o maestro Michel Platini e os atacantes Zbigniew Boniek e Paolo Rossi, todos treinados por Giovanni Trapattoni (velho conhecido do futebol português). Mas não foi bem assim, como nos recorda Bernd Wehmeyer no museu do Hamburgo SV, em pleno estádio Volkspark. Hoje, o antigo defesa que ajudou a ganhar o único troféu europeu do clube alemão, é um dos vice-presidentes em exercício e vai percorrendo os corredores até parar diante da "orelhuda", a taça mais sonhada pelos adeptos na Europa. "Foi uma noite incrível, as probabilidades não estavam a nosso favor, mas conseguimos", diz-nos enquanto cerra o punho. Um golo de Felix Magath, aos 9 minutos, decidiu a partida a favor dos alemães, treinados pelo austríaco Ernst Happel, que tinham na baliza uma lenda do futebol germânico: Uli Stein. Continuamos pelos 700 metros quadrados do museu (inaugurado em 2004), com a história de um dos clubes fundadores da Bundesliga, o campeonato alemão de futebol. Em 2024, o país vai respirar futebol, e Hamburgo em especial, já que o assunto, por lá, é levado muito a sério. É a casa de um outro clube especial, o FC St. Pauli, atualmente na segunda divisão da Alemanha. Tornou-se um caso de culto ao nível nacional e internacional pelas posições políticas e sociais assumidas ao longo da sua história - ideologia de esquerda, ativismo social, antirracista e antifascista, proibindo atividades e demonstrações de extrema-direita no seu estádio.
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É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.
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