Sábado – Pense por si

Verdes incentivam Governo a resistir a Bruxelas

Contra a comissão europeia, marchar, marchar. No encontro desta quarta-feira de manhã com o ministro das Finanças, José Luís Ferreira assegurou apoio ao Executivo

O Partido Ecologista "Os Verdes" reiterou hoje o "apoio incondicional" ao Governo, dizendo que o importante é o respeito pelo acordo parlamentar firmado com o PS e apelando ao executivo para "resistir às pressões" europeias.

"O Governo terá o apoio incondicional d' «Os Verdes» sempre que resistir às pressões da União Europeia e lembrar que a soberania orçamental reside nos portugueses e nesta casa, a Assembleia da República", vincou o deputado ecologista José Luís Ferreira.

O parlamentar falava após uma reunião de cerca de 30 minutos com o ministro das Finanças, Mário Centeno, no dia em que alguns jornais dão conta das divergências entre Lisboa e Bruxelas em relação à proposta de Orçamento para este ano e avançaram que o Governo se prepara para "carregar" em impostos sobre a banca, automóveis e combustíveis.

Para "Os Verdes", não existe "qualquer problema do ponto de vista da credibilidade orçamental" no que refere à relação entre o Governo e o executivo comunitário.

"O que há é um problema que tem a ver com o ajustamento estrutural que o anterior governo não foi capaz de resolver", vincou José Luís Ferreira.

Centeno, diz o deputado ecologista, garantiu que as negociações com Bruxelas chegarão a "bom porto".

O encontro com uma delegação do partido "Os Verdes" foi o segundo de várias reuniões a ter esta manhã entre o ministro das Finanças e representantes dos diferentes grupos parlamentares - a manhã havia arrancado com uma reunião entre Centeno e André Silva, deputado do PAN.

No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.