Na opinião do antigo líder do PS, Marcelo Rebelo de Sousa e Luís Montenegro "não podem ter estados de alma" porque "em primeiro lugar está Portugal".
O antigo líder socialista António José Seguro defendeu hoje que o Presidente da República deveria chamar o primeiro-ministro para uma reunião em Belém, alegando que ninguém deve "ter estados de alma" e o momento exige liderança firme.
Ricardo Pereira/Sábado
O socialista que está a ponderar uma candidatura presidencial às eleições de 2026 recorreu às redes sociais para se referir à atual situação política nacional, afirmando que, "tal como a maioria dos portugueses", não gosta do que vê.
"O momento exige transparência e liderança firme para que os portugueses não percam ainda mais a confiança na política e nas instituições da democracia. Sugiro ao Presidente da República que chame a Belém o Primeiro-Ministro", defendeu.
Recorrendo à Constituição, Seguro lembra que "o Governo é responsável perante o Presidente da República e a Assembleia da República".
"A ser verdade o que leio na imprensa de que o Presidente da República e o primeiro-ministro não falam desde o final da reunião extraordinária do Conselho de Ministros de sábado passado, e consequentemente da declaração ao país do primeiro-ministro, esta reunião justifica-se com mais premência", sustentou.
Na opinião do antigo líder do PS, Marcelo Rebelo de Sousa e Luís Montenegro "não podem ter estados de alma" porque "em primeiro lugar está Portugal".
De acordo com a SIC, o Presidente da República não foi ouvido por Luís Montenegro no dia da declaração ao país, tendo o chefe do executivo ligado para o Palácio de Belém cerca de meia hora depois de se ter dirigido ao país, mas então Marcelo Rebelo de Sousa já não atendeu.
"O primeiro-ministro tem direito de não ligar mas podia ouvir a minha opinião", cita a estação de televisão.
No sábado à noite, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, admitiu avançar com uma moção de confiança ao Governo se os partidos da oposição não esclarecessem se consideram que o executivo "dispõe de condições para continuar a executar" o seu programa, após ter sido noticiado que a Spinumviva, empresa detida pela sua mulher e filhos, recebe uma avença mensal de 4.500 euros do grupo Solverde.
Pouco depois, o PCP anunciou que iria apresentar uma moção de censura ao Governo - texto que já foi conhecido no domingo - defendendo que "não está em condições de responder aos problemas" de Portugal e "não merece confiança", mas sim censura.
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, disse que não iria viabilizar a moção de censura do PCP, considerando que os comunistas tinham "mordido o isco lançado pelo Governo", mas afirmou que, se o Governo apresentar uma moção de confiança, o PS a chumbaria, frisando que não tem confiança no executivo de Luís Montenegro.
"O PS não quer instabilidade, o PS quer esclarecimentos que são devidos a todos os portugueses", disse.
Depois destas declarações, o ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, disse que, caso a moção de censura anunciada pelo PCP seja rejeitada no parlamento, "não há uma justificação" para o Governo apresentar uma moção de confiança.
Já no domingo, o Livre pediu uma audiência ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, por considerar que está em causa o regular funcionamento das instituições, com um "Governo que não está nem morto, nem vivo".
Seguro defende que Marcelo deve chamar Montenegro para reunião
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Brigitte e Emmanuel nada têm a ganhar com este processo que empestará ainda mais a atmosfera tóxica que rodeia o presidente, condenado às agruras políticas de um deplorável fim de mandato
Esta ignorância velha e arrastada é o estado a que chegámos, mas agora encontrou um escape. É preciso que a concorrência comece a saber mais qualquer coisa, ou acabamos todos cidadãos perdidos num qualquer festival de hambúrgueres