Foram detectadas emissões elevadas de dióxido de carbono e dióxido de nitrogénio em automóveis da marca
O fabricante de automóveis Renault prometeu apresentar um plano técnico nas próximas semanas para cortar as emissões poluentes dos seus veículos.
Na quinta-feira, uma comissão nomeada pelo Governo francês disse que os carros a gasóleo da Renault falharam nos testes de poluição, ao mesmo tempo que as autoridades fizeram buscas nas suas instalações, aumentando os receios de que a empresa poderia estar envolvida num escândalo de emissões poluentes semelhante ao da alemã Volkswagen.
A comissão revelou que, em resultados de testes realizados em veículos franceses e estrangeiros, tinha encontrado emissões de dióxido de carbono e dióxido de nitrogénio demasiado elevadas em carros da marca Renault.
"Estamos a trabalhar num plano técnico que deverá permitir-nos reduzir as emissões", disse o director de vendas da Renault, Thierry Koskas, durante uma apresentação das vendas do grupo.
"O plano está a ser elaborado pela nossa equipa de engenharia e será apresentado nas próximas semanas", acrescentou.
As vendas unitárias da Renault cresceram 3,3% em 2015 relativamente ao ano anterior para 2,8 milhões de unidades em todo o mundo.
"A Renault não fez batota", disse Koskas, referindo-se às questões levantadas na semana passada sobre a forma como os níveis de emissões poderiam ser tão diferentes entre as condições de teste e as condições reais na estrada.
"Quero enfatizar isto com muita firmeza", disse, adiantando que a Renault "não está a usar qualquer 'software' ou outros métodos [fraudulentos] ".
"Em condições de teste, nós respeitamos as normas de emissões", acrescentou.
"Mas quando os veículos já não estão em condições de teste, há, de facto, uma diferença entre as condições reais e condições de controlo, isso é um facto", afirmou Koskas.
O responsável da marca francesa não deu detalhes sobre o que o "plano técnico" pode implicar, mas disse que a Renault iria encontrar-se esta segunda-feira, dia 18, com a comissão nomeada pelo Governo para "discussões técnicas".
As acções da Renault e de outras empresas do sector automóvel têm derrapado em bolsa com rumores de que o escândalo das emissões poluentes se possa espalhar além da Volkswagen.
Os títulos da Renault caíram mais de 20% durante a sessão de quinta-feira depois de os sindicatos relatarem que as autoridades antifraude francesas tinham invadido vários locais da empresa, possivelmente procurando provas de fraude em emissões dos carros a gasóleo.
Na segunda-feira, dia 18, ao final da manhã, as acções estavam a cair 3% para 72,88 euros, tendo a Renault perdido em capitalização bolsista cerca de três mil milhões de euros nas últimas três sessões.
Renault promete plano técnico para cortar níveis de emissões
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A condenação do CSMP assenta na ultrapassagem das limitações estatutárias quanto à duração dos mandatos e na ausência de fundamentos objetivos e transparentes nos critérios de avaliação, ferindo princípios essenciais de legalidade e boa administração.
A frustração gera ressentimento que, por sua vez, gera um individualismo que acharíamos extinto após a grande prova de interdependência que foi a pandemia da Covid-19.