O rei Filipe escreveu: "Gostaria de expressar os mais profundos pesares por essas feridas do passado, cuja dor agora é reacendida pela discriminação ainda presente nas nossas sociedades".
O rei da Bélgica apresentou pela primeira vez na história do país os "seus mais profundos arrependimentos pelas feridas" infligidas durante o período colonial belga no Congo, atual República Democrática do Congo (RDC).
Em uma carta enviada hoje ao presidente da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, por ocasião do 60.º aniversário de independência, o rei Filipe escreveu: "Gostaria de expressar os mais profundos pesares por essas feridas do passado, cuja dor agora é reacendida pela discriminação ainda presente nas nossas sociedades".
"Na época do estado independente do Congo [quando este território africano era propriedade do ex-rei Leopoldo II], foram cometidos atos de violência e crueldade, que ainda pesam na nossa memória coletiva", assegurou Filipe, que reina desde 2013.
"O período colonial que se seguiu [o do Congo Belga de 1908 a 1960] também causou sofrimento e humilhação", acrescentou.
O rei Filipe afirmou o compromisso de "combater todas as formas de racismo".
"Encorajo a reflexão iniciada pelo nosso parlamento para que a nossa memória seja definitivamente pacificada", continuou.
Na Bélgica, a morte do afro-americano George Floyd, asfixiado no final de maio por um polícia branco em Minneapolis, reavivou o debate sobre a violência do período colonial no Congo e o papel muito controverso do falecido rei Leopoldo II, acusado por alguns ativistas anticoloniais por matar milhões de congoleses.
Rei da Bélgica lamenta pela primeira vez o passado colonial no antigo Congo
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