Marco António Costa indicou que os socialistas têm "usado e abusado de uma linguagem" inapropriada para quem tem deveres políticos
O porta-voz do PSD apelou hoje a uma moderação da linguagem pelos socialistas, que acusou de, nos últimos dias, terem "ultrapassado largamente" o "aceitável" num partido com as "responsabilidades institucionais" do PS.
Em conferência de imprensa na sede do PSD, em Lisboa, Marco António Costa sublinhou que o secretário-geral do PS, António Costa, fez votos de uma "menor crispação" quando apresentou cumprimentos aos sociais-democratas após tomar posse.
"Acontece que o PS nos últimos dias tem usado e abusado de uma linguagem que ultrapassa largamente o que é aceitável num partido do arco da governabilidade e com as responsabilidades institucionais que o PS tem na democracia portuguesa", declarou, referindo-se nomeadamente à acusação de que o primeiro-ministro mentiu no parlamento sobre a situação dos portugueses mais vulneráveis.
Para Marco António Costa, aquilo que o primeiro-ministro e presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, disse no debate quinzenal na sexta-feira "é corroborado pela realidade dos factos", acusando os socialistas de usarem expressões e formular acusações "sem as fundamentar".
A vice-presidente da bancada do PS Sónia Fertuzinhos afirmou na terça-feira que os dados da Segurança Social referentes ao número de beneficiários do subsídio de desemprego demonstram que o primeiro-ministro "mentiu" quando negou que o seu Governo tenha atingido os cidadãos mais vulneráveis.
Marco António Costa referiu-se também às afirmações do secretário nacional-socialistas João Galamba, que acusou hoje o Governo de estar a procurar repetir "a burla" da campanha eleitoral de 2011 e o ministro da Segurança Social de "falsear" a interpretação sobre a evolução da taxa de desemprego em Portugal.
O porta-voz social-democrata pediu a João Galamba que "reflicta sobre o que se passou em 2009", quando se baixaram impostos, aumentaram funcionários públicos e as prestações sociais, para, logo a seguir às eleições, "o mesmo Governo do PS cortou muitas dessas medidas ou removeu muitas das que tinham sido tomadas".
"Sobre comportamentos erráticos e atitudes que são tomadas antes das eleições e depois das eleições tem muito para reflectir o PS quando lança este tipo de acusações", afirmou.
Questionado sobre se responsabiliza directamente António Costa pela linguagem e teor destas acusações, Marco António Costa respondeu: "Se não é o doutor António Costa que está a usar estas expressões, elas estão a ser usadas por dirigentes muito próximos dele e que seguramente só as usam porque, de alguma forma, sentem um conforto do secretário-geral do PS para usar este tipo de linguagem".
Afirmando não saber "o que terá provocado" este comportamento e dizendo querer acreditar não ser motivado por algum "nervosismo" pelas sondagens, o vice-presidente do PSD fez um "apelo muito sério para que seja moderada a linguagem" e rebateu as acusações sobre o emprego.
Marco António Costa afirmou que, apesar de o desemprego ter crescido muito a seguir ao pedido de ajuda externa, tem vindo a decrescer "de forma sustentada", passando de 17,5% para os atuais cerca de 13%.
"Hoje há menos desempregados do que existiam em 2011 quando foi anunciado o resgate e sabemos que a taxa de protecção social de desempregados, isto é, o número de desempregados inscritos nos centros de emprego que dispõem de qualquer tipo de apoio social, de protecção social, ou que estão envolvidos em medidas activas de emprego está 7% acima daquilo que aconteceu no passado", afirmou.
Segundo Marco António Costa, "há muito mais portugueses protegidos por acção do Estado do que em 2011".
PSD diz que críticas do PS ultrapassam o "aceitável"
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