Vai ocorrer um plenário de trabalhadores, entre as 09:30 e as 11:30.
O serviço regular dos Transportes Coletivos do Barreiro (TCB) pode sofrer "perturbações significativas" na terça-feira de manhã, devido ao plenário de trabalhadores convocado pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL), anunciou a Câmara Municipal.
"Na próxima terça-feira, dia 09 de novembro, por motivos alheios aos TCB, preveem-se que possam ocorrer perturbações significativas no regular funcionamento de carreiras, devido a um plenário de trabalhadores, entre as 09:30 e, previsivelmente, as 11:30", informou a Câmara Municipal do Barreiro, no distrito de Setúbal.
De acordo com o município, "este plenário foi solicitado pelo STAL" e os utentes podem acompanhar o funcionamento em tempo real do serviço regular de transporte, através da aplicação TCB.
"Desde já lamentamos os eventuais transtornos que possam ocorrer", acrescentou a Câmara Municipal do Barreiro.
Em declarações à agência Lusa, o coordenador da direção regional de Setúbal do STAL, João Paulo Sousa, explicou que a realização deste plenário é "no âmbito da mobilização para a greve nacional de 12 de novembro, promovida pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, e também para a manifestação de 20 de novembro, convocada pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)".
João Paulo Sousa adiantou que vão também ser abordadas questões que preocupam os trabalhadores do TCB, inclusive o aumento dos salários e a valorização de carreiras, "mas este é um plenário de esclarecimento e de mobilização da importância desta greve na exigência de resposta aos problemas dos trabalhadores".
Para o sindicalista do STAL, "há fortes razões para os trabalhadores manifestarem o seu repúdio perante a ausência de negociação por parte do Governo e perante uma ausência de respostas desta proposta reivindicativa comum de todos os trabalhadores da administração pública".
O Sindicato Nacional dos Motoristas e Outros Trabalhadores (SNMOT), que promoveu a última greve dos trabalhadores dos TCB, não participa neste plenário, até porque não foi convidado.
"Cada sindicato tem os seus princípios e a sua autonomia de intervenção", reforçou o coordenador da direção regional de Setúbal do STAL, desvalorizando a ausência do SNMOT no plenário.
Em 14 de outubro, os motoristas dos TCB realizaram uma greve de 24 horas a todos os serviços, promovida pelo SNMOT, devido à falta de entendimento com a autarquia, que gere o serviço, quanto à organização dos tempos de trabalho.
Essa greve teve uma adesão "na ordem dos 95%", segundo o sindicato.
Na altura, o vice-presidente do SNMOT Manuel Oliveira disse à Lusa que o sindicato ainda não obteve resposta da empresa e adiantou que os trabalhadores não excluem endurecer as formas de luta.
Em causa estava a falta de entendimento com a Câmara Municipal do Barreiro quanto à organização dos tempos de trabalho.
Segundo o sindicalista Manuel Oliveira, é uma situação que opõe "a administração da empresa e os trabalhadores há já vários anos".
"Tem a ver com a construção de horários e rendições, com a organização dos tempos de trabalho", indicou o responsável, acrescentando que, ao longo dos últimos "seis/sete anos" o sindicato tem "vindo a fomentar com a administração um diálogo que pudesse dar origem a um acordo".
De acordo com o vice-presidente do SNMOT, tal acordo ainda não foi conseguido pelos trabalhadores dos TCB, que pretendem um acordo igual ao conseguido com os motoristas do município de Coimbra.
"Nós [Sindicato] conseguimos fazer um acordo com o município de Coimbra para os mesmos trabalhadores, ou seja, para a mesma categoria profissional de trabalhadores -- assistentes operacionais agentes únicos", referiu.
À semelhança do que acontece com os Transportes Coletivos de Coimbra, geridos pelo município de Coimbra, também os serviços municipalizados TCB são geridos pela Câmara Municipal do Barreiro.
Previstas perturbações nos Transportes Coletivos do Barreiro na terça-feira de manhã
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O Estado português falha. Os sucessivos governos do país, falham (ainda) mais, numa constante abstração e desnorte, alicerçados em estratégias de efeito superficial, improvisando sem planear.
A chave ainda funcionava perfeitamente. Entraram na cozinha onde tinham tomado milhares de pequenos-almoços, onde tinham discutido problemas dos filhos, onde tinham planeado férias que já pareciam de outras vidas.