"Aqueles que acreditam ter feito triunfar alguns princípios mostraram que lhes faltam princípios", disse o presidente sérvio, acusado de autoritarismo pela oposição.
O presidente sérvio, Aleksandar Vucic, afirmou hoje que o tenista Novak Djokovic, que será deportado da Austrália, foi maltratado e vítima de uma "caça às bruxas" digna de espetáculo "orwelliano", considerando que quem se humilhou foram as autoridades australianas.
"Lançaram-se numa caça às bruxas contra uma pessoa e um país. Quiseram demonstrar em Novak como funciona a ordem mundial e o que podem fazer contra qualquer pessoa", disse o líder nacionalista populista, citado pela agência noticiosa sérvia Tanjug.
"Vocês não humilharam Djokovic, mas humilharam-se a vocês próprios", disse Vucic, referindo-se às autoridades de imigração da Austrália, onde o primeiro torneio Grand Slam começa na segunda-feira.
"Aqueles que acreditam ter feito triunfar alguns princípios mostraram que lhes faltam princípios", disse o presidente sérvio, acusado de autoritarismo pela oposição.
"Maltrataram um tenista durante dez dias apenas para lhe entregar uma decisão cujo conteúdo conheciam desde o primeiro dia", acrescentou Vucic.
As autoridades australianas, em vez de dizerem desde o início que sem vacinação não se pode participar no torneio, anunciaram isenções, pelo que Djokovic procedeu como solicitado e viajou até lá, afirmou o presidente sérvio.
Vucic chamou ao processo judicial pelo qual o tenista sérvio teve de passar em Melbourne "sem sentido" e acusou o procurador responsável de mentir.
"Disse que o nível de vacinação na Sérvia é inferior a 50%. Antes de mais, não mintam, porque oficialmente 58% foram vacinados, mesmo 62%, se for tido em conta o número real de pessoas que vivem na Sérvia", insistiu.
Segundo dados da plataforma internacional de estatísticas "Our World in Data", a percentagem de pessoas na Sérvia com o programa de vacinação completo é de apenas 47%.
Apesar disso, Vucic salientou que a quota de vacinação na Sérvia "é muito superior à de muitos países da UE", citando países como a Bulgária, Roménia, Eslováquia e Estónia.
"Aquilo foi um argumento sem sentido, mas em 'espetáculos orwellianos' tudo é possível", disse.
A percentagem média de vacinação completa na União Europeia (UE) é atualmente de 70%, de acordo com "Our World in Data".
Vucic prometeu que apesar de tudo o que aconteceu, a Sérvia irá comportar-se "incomparavelmente melhor" quando os atletas australianos chegarem a Belgrado em março para participar nos campeonatos mundiais de atletismo indoor.
"Não os maltrataremos, nem mostraremos a nossa força contra eles só porque temos eleições à porta. Mostraremos que somos melhores do que o governo australiano", concluiu o presidente sérvio.
O Tribunal Federal da Austrália decidiu hoje por unanimidade que o cancelamento do visto do jogador de ténis pelo Ministro da Imigração tem uma base legal, pelo que Djokovic será deportado.
Em causa está o facto de o tenista não ser vacinado, ter violado diretrizes de isolamento e ter prestado falsas declarações.
Presidente Sérvio considera que Djokovic foi vítima de uma "caça às cruxas"
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.