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PR entende pedido de Eanes para se desvincular das comemorações dos 50 anos do 25 Abril

O general Ramalho Eanes não avança as razões da sua desvinculação alegando que, ao fazê-lo, estaria a quebrar o sigilo que entende devido às conversas com o Presidente da República.

O Presidente da República declarou este sábado compreender a posição de Ramalho Eanes, que pediu para sair da Comissão Nacional das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, e disse que ponderará, em tempo oportuno, a sua própria intervenção.

Numa nota publicadano "site" da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa refere que "agradece e compreende a posição do Senhor Presidente Ramalho Eanes, hoje divulgada".

Citado pelo semanárioExpresso, o ex-Presidente Ramalho Eanes relata que pediu a Marcelo Rebelo de Sousa, no passado dia 23 de junho, para que o desvinculasse do compromisso que assumira de presidir às comemorações do 25 de Abril.

O general Ramalho Eanes não avança as razões da sua desvinculação alegando que, ao fazê-lo, estaria a quebrar o sigilo que entende devido às conversas com o Presidente da República.

Na nota publicada este sábado, Marcelo Rebelo de Sousa afirma que "em tempo oportuno, ponderará a matéria respeitante" à sua própria intervenção nestas comemorações.

O Presidente da República sublinha ainda a "simplificação orgânica introduzida nas estruturas que irão acompanhar a celebração dos 50 anos do 25 de Abril" e manifestou "certeza de que essa data histórica será sempre fator de união e nunca de divergência, nomeadamente naqueles que nele tiveram um papel mais próximo e determinante".

Ao Expresso, Ramalho Eanes acrescenta que "considerando o 25 de Abril como o dia do nascimento da democracia e o coronel Vasco Lourenço um dos seus mais importantes fautores, não poderia ter divergências, de fundo, sobre a importância de as comemorações privilegiarem aquela data".

Estas declarações ao semanário foram feitas depois de o Governo ter aprovado, em Conselho de Ministros na passada quinta-feira, uma alteração à orgânica das comemorações, deixando de existir o Conselho Geral, visando torná-la "mais ágil, pragmática e operacional".

O antigo chefe de Estado Ramalho Eanes tinha sido convidado pelo Presidente da República para presidir à Comissão Nacional das comemorações do 50.º aniversário do 25 de Abril.

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