XI bairro, onde ocorreram alguns dos ataques, estava cheio de gente por ser sexta-feira à noite
Os vários ataques simultâneos em Paris durante a habitual saída nocturna de sexta-feira deixou a capital "em pânico", nomeadamente no 11.º bairro, onde mora Daniel Ribeiro, o correspondente doExpresso, que teve de sair pela cozinha do restaurante onde estava para regressar a casa.
"Tive que pedir à senhora para me abrir a porta da cozinha para eu sair das traseiras porque já não se podia sair pela frente. Todo o bairro está em pânico. O quarteirão da zona Richard Lenoir, Voltaire, Chemin Vert - que foi a zona onde houve os atentados doCharlie Hebdo- está em pânico. O bairro estava cheio porque hoje é sexta-feira à noite, havia muita gente na rua", contou o jornalista à agência Lusa.
Daniel Ribeiro contou que estava na Praça Voltaire "quando começa a haver polícia e ambulâncias por todo o lado e a ouvir-se o tiroteio", pelo que "os bares todos fecharam as cortinas de ferro" e colocaram os clientes no interior", incluindo ele que estava na esplanada. "Eu vim para casa encostado aos muros enquanto eles não puseram o cordão de segurança", descreveu.
Também João Heitor, o proprietário do café cultural Lusofolie's, perto da Praça da Bastilha, estava a cinco minutos do local quando a esposa lhe ligou para fechar o estabelecimento: "Tenho lá um estudiozinho e ia lá dormir. Estou a cinco minutos do Bataclan, está tudo cheio de polícia. Vou tomar o café ao Bataclan geralmente. É perto do Charlie Hebdo", contou.
João Heitor ainda não sabe se irá dormir ao estúdio esta noite até porque o bairro está circunscrito pela polícia.
A Lusa falou também com Hermano Sanches Ruivo, vereador na Câmara de Paris, que falou "em situação dramática" mas que estava a deslocar-se para a Câmara para ter mais informações.
Armindo Faria está ainda no Estádio de França onde foi cobrir o jogo de futebol França-Alemanha para a Rádio Alfa e também contou à agência Lusa que "as pessoas entraram em pânico".
"Neste momento as pessoas encontram-se ainda bloqueadas no Estádio de França. As pessoas estão com receio de sair para fora do estádio. Penso que houve uma explosão a dez minutos do começo do encontro, passados dez minutos mais outra explosão", descreveu.
O jornalista disse ainda que a polícia avisou que "as pessoas podiam sair pela parte do norte e não pela parte do sul, só que houve pessoas que disseram que estava uma pessoa armada e as pessoas começaram a entrar pelo estádio".
"Só vi as pessoas a entrar, as crianças a gritar, a chorar. As pessoas entraram em pânico porque havia helicópteros, havia polícia e as pessoas entraram em pânico e invadiram o estádio. Ainda estou no estádio mas as pessoas já estão a começar a sair", descreveu.
Vários ataques registados hoje à noite em Paris provocaram pelo menos 40 mortos.
Portugueses em Paris relatam "pânico" vivido na capital
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Brigitte e Emmanuel nada têm a ganhar com este processo que empestará ainda mais a atmosfera tóxica que rodeia o presidente, condenado às agruras políticas de um deplorável fim de mandato
Esta ignorância velha e arrastada é o estado a que chegámos, mas agora encontrou um escape. É preciso que a concorrência comece a saber mais qualquer coisa, ou acabamos todos cidadãos perdidos num qualquer festival de hambúrgueres