Por motivos de segurança e sigilo da operação, a entrega teve lugar no Aeroporto Militar de Lisboa - AT1, de onde o detido viajou com destino a Itália, a bordo de aeronave oficial da República Italiana.
O alegado mafioso italiano Francesco Pele, detido em março passado em Portugal, no cumprimento de um mandado de detenção europeu, foi esta quinta-feira extraditado para Itália, anunciou a Polícia Judiciária.
"A Polícia Judiciária, através da Unidade de Cooperação Internacional (UCI) e da Unidade Nacional Contraterrorismo (UNCT), procedeu nesta data, à entrega do cidadão italiano Francesco Pelle às autoridades italianas, após Despacho de Extradição emanado pelo Tribunal da Relação de Lisboa", lê-se num comunicado da PJ.
Francesco Pelle, conhecido pela alcunha "Ciccio Pakistan", é considerado pelas autoridades italianas um dos dirigentes da 'Nadrangheta', máfia da região da Calábria (Itália), e foi detido a 30 de março em Lisboa, onde estava internado com covid-19.
Por motivos de segurança e sigilo da operação, a entrega teve lugar no Aeroporto Militar de Lisboa - AT1, de onde o detido viajou com destino a Itália, a bordo de aeronave oficial da República Italiana, adianta a PJ, sublinhando que a ação de hoje "foi o corolário de uma intensa ação de cooperação internacional e de troca de informação, entre as autoridades italianas e portuguesas".
Segundo escreveu o jornal italianoCorriere della Serana altura da sua detenção em Portugal, "Ciccio Pakistan" era considerado um dos 30 fugitivos italianos mais perigosos e procurado pelas autoridades de Itália e internacionais desde 2007.
No dia da sua detenção em Lisboa, o alegado criminoso, atualmente com 44 anos, foi descoberto numa unidade hospitalar da capital portuguesa, onde estava a receber tratamento para a doença provocada pelo SARS-CoV-2.
O dirigente do 'Nadrangheta' deverá agora iniciar uma sentença de prisão perpétua, dá conta a publicação italiana.
Segundo o jornal, a família Pelle, juntamente com a Vottari, protagonizou um massacre contra a máfia Nirta-Strangio, que matou dezenas de pessoas, incluindo Maria Strangio, mulher de Giovanni Luca Nirta.
A emboscada ocorreu no Natal de 2005 e provocou, consequentemente, uma vingança da Nirta-Strangio, alegada autora de um massacre em Duisburgo, na Alemanha, que matou sete pessoas, em 2007.
Francesco Pelle também tinha sido alvo de uma emboscada poucos dias antes do Natal daquele ano, tendo sido baleado na coluna, enquanto estava sentado no terraço de casa.
Paralisado, Pelle ficou preso a uma cadeira de rodas, mas continuou a planear a vingança por causa da tentativa de homicídio. "Ciccio Pakistan" terá imputado o crime à família com a qual tinha a rivalidade e terá ordenado o massacre em 2005, que acabou com a morte da mulher de Giovanni Luca Nirta.
A detenção foi possível, acrescentava o Corriere della Sera, por causa dos esforços conjuntos da Unidade Nacional Contraterrorismo e da Arma dos Carabineiros, popularmente conhecida por "Carabinieri", mais precisamente da unidade da região da Calábria.
A publicação italiana adiantava que está a decorrer em simultâneo uma operação, com a colaboração da Interpol, para encontrar os alegados cúmplices de Pelle.
Portugal extradita líder da máfia calabresa para Itália (vídeo)
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