O programa que hoje entrega no Parlamento não fará a convergência com propostas do PS, mas há abertura a negociação sem "leilões" de medidas
O presidente do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, declarou esta sexta-feira, 6, estar disponível para assumir responsabilidades tanto no Governo como na oposição, afirmando que estará "aonde for preciso".
Passos Coelho assumiu esta posição em resposta aos jornalistas, na Assembleia da República, no final de uma reunião com os deputados das bancadas do PSD e do CDS-PP.
"Estarei aonde for preciso: no Governo, que é o lugar natural que se espera de quem ganha as eleições, mas, se porventura não estiver no Governo e estiver na oposição, não deixarei de assumir as minhas responsabilidades", declarou Passos Coelho, tendo ao seu lado o presidente do CDS-PP e vice-primeiro-ministro, Paulo Portas.
Um programa sem PS, mas aberto à negociação
O primeiro-ministro afirmou que o programa de Governo que será entregue esta sexta-feira ao parlamento não inclui medidas do PS, manifestando, contudo, "espírito de abertura" e "negociação".
"Não incorporamos medidas no nosso programa que são do PS porque só o PS — como já tenho dito — é que sabe qual é a hierarquia, a importância, o valor que atribui a cada uma das suas medidas ou propostas", afirmou.
De acordo com Passos Coelho, o programa de Governo "baseia o essencial do conteúdo no programa eleitoral com que a coligação foi sufragado pelos portugueses", mas reiterou que há disponibilidade para "exercitar esse espírito de abertura à negociação e ao diálogo com o PS para dar estabilidade ao país" mas o executivo não faz "leilões" de medidas.
A única coisa que julgamos que devemos ser totalmente verdadeiros e transparentes é: nós não fazemos leilões"Pedro Passos Coelho Primeiro-ministro
"As medidas aprovadas ontem [quinta-feira] são projectos de diploma, remetidos para o parlamento para que o parlamento possa discutir e votar, e é aqui no parlamento que se faz essa negociação. A única coisa que julgamos que devemos ser totalmente verdadeiros e transparentes é: nós não fazemos leilões", declarou.
O Governo aprovou na quinta-feira em Conselho de Ministros um pacote de medidas para entrar em vigor a 1 de Janeiro, incluindo os cortes salariais da função pública revertidos em mais 20% e a manutenção da sobretaxa de solidariedade, mas reduzida a 2,625%.
Passos pronto para estar no Governo ou na oposição
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