A LND pode propor dois dos três candidatos a Presidente e garantir que um deles será o próximo chefe de Estado
A Liga Nacional para a Democracia (LND), o maior partido da oposição na Birmânia, liderado por Aung San Suu Kyi, conquistou a maioria no parlamento, de acordo com resultados divulgados hoje pela comissão eleitoral birmanesa.
Segundo os mais recentes dados da comissão eleitoral, a LND conquistou mais 21 assentos na câmara baixa, elevando o total de lugares no conjunto do parlamento para 348, obtendo a maioria.
Apesar de um quarto dos assentos estar reservado aos militares, o partido da Nobel da Paz ultrapassou a barreira que lhe permite eleger o Presidente e formar governo, marcando um ponto de viragem histórico, segundo os mais recentes resultados oficiais, divulgados hoje, cinco dias depois das eleições, embora a contagem ainda não tenha terminado.
Quando estão escrutinados 84,6% dos votos, a LND conta com 348 deputados (238 na câmara baixa e 110 na câmara alta) dos 491 em jogo.
O Partido para a União, Solidariedade e Desenvolvimento, no poder na Birmânia, conquistou, até ao momento, 40 assentos, enquanto os restantes 42 anunciados se distribuem entre várias formações de minorias étnicas.
Além dos deputados eleitos nas urnas, o parlamento birmanês conta com 162 deputados na câmara baixa e 85 na câmara alta designados pelo exército.
Com esta maioria parlamentar, a LND pode propor dois dos três candidatos a Presidente, com o terceiro a ser proposto pelos militares, e garantir que um deles será o próximo chefe de Estado.
Uma vez confirmados os resultados prevê-se que em Janeiro tome posse o novo parlamento, o qual vai eleger, entre Fevereiro e Março, o novo Presidente e dois vice-presidentes.
Prémio Nobel da Paz em 1991, Suu Kyi, que a junta militar manteve sob detenção durante mais de 15 anos, está impedida de se candidatar à presidência birmanesa devido a um artigo da Constituição, que exclui pessoas casadas ou com filhos estrangeiros - uma disposição que se considera ter sido feita para visar directamente a opositora, viúva de um britânico e com filhos de nacionalidade britânica.
Apesar de a candidatura à presidência ser impossível, Aung San Suu Kyi, de 70 anos, garantiu que vai dirigir o governo se a LND ganhar as eleições.
Governada por regimes militares de 1962 a 2011, quando a última junta entregou o poder a um executivo civil, composto por antigos militares, que iniciou uma série de reformas políticas, económicas e sociais, a Birmânia realizou no domingo as primeiras eleições livres em mais de 25 anos.
Partido de Suu Kyi conquista maioria no parlamento birmanês
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.