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O padre Jacinto Pio anunciou que vai pedir ao Parlamento Europeu um acompanhamento mais "eficaz" dos abusos contra os direitos humanos
O padre angolano Jacinto Pio, da arquidiocese do Lubango, anunciou que vai pedir ao Parlamento Europeu, na quarta-feira, um acompanhamento mais "eficaz" dos abusos contra os direitos humanos em Angola.
"Vou pedir à União Europeia para reforçar o papel, no quadro do Acordo de Cotonou, e que reveja o seu papel em monitorizar os direitos humanos em Angola, assim como os direitos civis e políticos e os direitos económicos, sociais e culturais", disse à agência Lusa o padre Jacinto Pio, que vai estar presente numa audiência no Parlamento Europeu, quarta-feira.
"Vou tentar levantar questões sobre o papel da União Europeia, sobre direitos humanos em Angola e sobre a falta de impunidade que campeia no país", acrescentou o membro da igreja angolana que vai estar presente no Parlamento Europeu a convite da eurodeputada socialista Ana Gomes.
Para o padre Jacinto Pio, a União Europeia tem um grande espaço de actuação mas, "em "termos práticos, não tem sido suficientemente acutilante" para poder cumprir os acordos de Cotonou, no que diz respeito aos direitos humanos.
O acordo de cooperação política e comercial firmado na capital do Benim no ano 2000 entre a União Europeia e os países de África, Caraíbas e Pacífico está em vigor até 2020, mas, segundo padre Jacinto Pio, as instituições europeias deviam estar mais atentas à situação angolana.
"Há violência contra os manifestantes, prisão de activistas e as organizações de direitos humanos têm dificuldade em lidar com os fundos [financiamento]. Está-se a fechar o espaço de actuação, com as ameaças que temos quando abordamos temas sensíveis. Há intimidações e sente-se o efeito da auto-censura", acusou.
O padre Jacinto Pio afirmou que as "limitações" dos espaços públicos em Angola são "graves" e mostrou-se preocupado com "o facto de a elite económica angolana ter comprado a maior parte dos jornais", recordando que o canal português SIC "desapareceu" e que o processo relacionado a Rádio Eclesia, com emissões limitadas a Luanda, "não avança".
O padre da arquidiocese do Lubango, província da Huíla, disse, ainda, que há "muita gente a sofrer com os efeitos da crise" que, frisou, foi provocada pela má gestão do erário público.
"Por um lado, faltam materiais básicos nos hospitais e, por outro, temos a elite que gera milhões para seu próprio benefício. Tudo isto é inaceitável quando a maior parte das pessoas passa mal", denunciou.
Jacinto Pio esteve na semana passada na Alemanha, onde abordou com organizações de direitos humanos a questão dos desalojamentos em curso na província do Cunene, que disse estar a afectar os agricultores da região.
Em Lisboa, manteve um encontro com a representação portuguesa da Amnistia Internacional.
Padre angolano alerta sobre abusos contra direitos humanos
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