Moçambique
O ataque aconteceu na aldeia de Macanca – Nhica do Rovuma, pertencente ao posto administrativo de Pundanhar e ao distrito de Palma, disseram fontes locais à Lusa. O grupo incendiou cinco casas da aldeia, acrescentaram.
O posto administrativo ao qual a aldeia pertence está situado a cerca de 60 quilómetros a sudeste da vila de Palma, acessível por caminhos de terra batida.
Só na mais recente vaga de violência, desde 27 de maio, morreram pelo menos 33 habitantes, 11 supostos agressores e dois elementos das forças de segurança, segundo números das autoridades e testemunhos da população à Lusa.
Povoações remotas da província têm sido saqueadas com violência por desconhecidos nos últimos nove meses.
Os grupos invadem as casas de construção precária com catanas em busca de gado, comida, dinheiro e bens de valor e têm provocado um número indeterminado de mortes, algumas com recurso a metralhadoras, além de incendiarem parte das povoações.
A onda de ataques teve início em Mocímboa da Praia com um grupo armado que integrava alguns elementos de um grupo muçulmano que ocupava uma mesquita da vila e defendia que a lei islâmica devia sobrepor-se ao Estado de direito.
Os grupos que têm atacado as aldeias nunca fizeram nenhuma reivindicação nem deram a conhecer as suas intenções.
Os ataques acontecem numa altura em que avançam os investimentos de companhias petrolíferas em gás natural na região, mas sem que até agora tenham entrado no perímetro reservado aos empreendimentos.