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Ministro das Finanças do Canadá apresenta demissão

18 de agosto de 2020 às 07:56
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Demissão surge devido a divergências profundas entre Morneau e o primeiro-ministro sobre como reanimar a economia do país sem pôr em risco as finanças públicas.

O ministro das Finanças do Canadá, Bill Morneau, anunciou a sua demissão na segunda-feira, após tensões crescentes com o primeiro-ministro Justin Trudeau sobre os gastos com a pandemia, segundo os 'media' canadianos.

"Ao entrarmos numa nova fase na luta contra a pandemia (...), é tempo de um novo ministro das Finanças liderar o caminho", disse Morneau em conferência de imprensa, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

"É por isso que me demito do cargo de ministro das Finanças e deputado", anunciou, após uma reunião com Trudeau.

Bill Morneau, que ocupava o cargo desde 2015, anunciou ainda que é candidato à liderança da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), segundo a agência de notícias Associated Press (AP).

As notícias de que Mark Carney, antigo governador do Banco do Canadá e do Banco de Inglaterra, estaria a aconselhar Trudeau durante a pandemia, alimentaram a especulação de que Morneau poderia ser substituído.

Na última semana, os meios de comunicação social canadianos noticiaram divergências profundas entre Morneau e o primeiro-ministro sobre como reanimar a economia do país, abalada pela pandemia de covid-19, sem pôr em risco as finanças públicas, numa altura em que o défice previsto é superior a 340 mil milhões de dólares (216 mil milhões de euros).

O ministro das Finanças é também objeto de uma investigação pelo Comissário de Ética sobre a sua relação com uma instituição de caridade que empregou a sua filha e à qual o governo adjudicou um importante contrato sem concurso público.

A investigação implica igualmente Justin Trudeau, já que vários elementos da sua família terão sido pagos pela instituição.

O Comissário Federal de Ética iniciou a investigação após o governo ter concedido à associação um importante contrato para gerir um programa de bolsas de estudo no valor de quase mil milhões de dólares, apesar dos laços familiares dos dois líderes com a associação.

O programa foi entretanto retirado da associação, sem pôr fim à controvérsia.

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