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Michel Temer revoga decreto que ameaçava a Amazónia

O presidente brasileiro, Michel Temer, decidiu revogar um polémico decreto assinado em Agosto e que permitia a empresas mineiras explorarem uma gigantesca reserva na Amazónia

O presidente brasileiro, Michel Temer, decidiu revogar um polémico decreto assinado em Agosto e que permitia a empresas mineiras explorarem uma gigantesca reserva na Amazónia, informaram hoje fontes oficiais.

Temer assinou já um novo decreto que anula o primeiro e a medida entra em vigor na terça-feira com a sua publicação no Diário Oficial da União, informou a estatal Agência Brasil.

No início de Setembro o governo brasileiro cedeu à pressão social e suspendeu os efeitos do decreto, criticado por grupos ecologistas de todo o mundo, mas agora decidiu-se pela sua revogação e manutenção das regras que garantem a preservação da designada Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), uma área de mais de 47 mil quilómetros quadrados, com uma extensão superior à da Dinamarca.

A organização de defesa do ambiente Greenpeace congratulou-se com a decisão de Temer, considerando que a revogação "demonstra que, por pior que seja, nenhum governante é absolutamente imune à pressão pública".

"É uma vitória da sociedade sobre quem quer destruir e vender a nossa selva", declarou o coordenador de Políticas Públicas da Greenpeace, Marcio Astrini, num comunicado.

Astrini adianta, no entanto, que os ambientalistas apenas venceram uma batalha porque "a guerra contra a Amazónia e as suas populações conduzida por Temer" e os legisladores brasileiros que representam os latifundiários não foi parada.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.