Sábado – Pense por si

México surpreende e vence Alemanha por 1-0

A Alemanha, campeã em título, estreou-se no Mundial com uma derrota.

A Alemanha, campeã do mundo em título, perdeu com o México por 1-0. Um golo deHirvingLozano, aos 35 minutos, escreveu uma das mais belas páginas da história do futebol mexicano.

No Luzhniki, em Moscovo, que será palco da final, a 15 de julho, os mexicanos encantaram até à vantagem, num contra-ataque perfeito, e, depois, souberam sofrer, com Guillermo Ochoa imperial na baliza, mas sem precisar de fazer 'milagres'.

O portista Herrera foi outro dos 'gigantes' do conjunto mexicano, enquanto Layún, jogador que no inverno os portistas cederam ao Sevilha, teve muitas vezes perto de acabar com o jogo, na parte final, com a Alemanha balanceada para o ataque.

A Alemanha teve 'mais' bola e rematou mais, mas nunca teve grande lucidez e mostrou uma 'preocupante' falta de imaginação para ultrapassar a defesa contrária: assim, entrou a perder no Mundial 36 anos depois do 1-2 com a Argélia, em Espanha.

O jogo começou endiabrado, com o México a jogar de igual para igual com os alemães e a surgir mais rematador, com Lozano, Layún, Herrera e Moreno a testarem Neuer, com resposta, do outro lado, de Werner e Hummels.

A primeira jogada clara de golo aconteceu aos 18 minutos, mas Chicharito, isolado por Herrera, hesitou e não rematou, precisamente o contrário do que fez, aos 20, Werner, que rodou e rematou de pronto, mas à figura de Ochoa.

Os remates sucediam-se de ambos os lados, até que, aos 35 minutos, o México chegou ao golo, numa perfeita jogada de contra-ataque, com Chicharito a tabelar com Guardado e, depois, a isolar Lozano, que fintou Özil e 'fuzilou' Neuer.

Depois do golo, os alemães instalaram-se junto da área contrária, conseguindo até 'sufocar' os mexicanos, que recuaram muito, e Kroos só não empatou, de livre directo, porque Ochoa desviou a bola para a barra, aos 39 minutos.

Até ao intervalo, o México aliviou a pressão contrária e até teve uma oportunidade para voltar a marcar, só que Carlos Vela finalizou mal.

A segunda parte foi bem diferente da primeira, com os mexicanos mais recuados, oferecendo totalmente o domínio do jogo aos alemães e apostando no contra-ataque, que quase deu frutos aos 57 minutos, mas Chicharito não soube isolar Vela.

Os alemães atacavam muito, mas raramente bem, pelo que só assustavam a espaços, destacando-se uma 'bicicleta' de Kimmich, um remate de Draxler e outro de Reus, a primeira aposta de Löw.

Por seu lado, Juan Carlos Osorio lançou o 'miúdo' Álvarez e, depois, o veterano Rafa Marquez, que, aos 39 anos, se tornou o terceiro futebolista a jogar em cinco mundiais, depois do compatriota Carbajal e do germânico Lothar Matthäus.

Os alemães ainda colocaram Mario Gómez na frente e arriscaram tudo, tanto que estiveram várias vezes perto de sofrer o segundo golo, sempre por Layún, que rematou mal duas vezes e, na outra, isolado, não foi bem servido pelo benfiquista Jiménez.

Quanto à Alemanha, teve num pontapé ao 'ferro' de Brandt, entrado para lugar do leccionado Werner, a melhor ocasião para evitar o desaire, o que não conseguiu, tornando-se a primeira selecção europeia a perder na Rússia.

Os mexicanos assumem a liderança do grupo e ficam à espera do jogo entre a Suécia e a Coreia do Sul, que se disputa esta segunda-feira.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.