Sábado – Pense por si

Manifestações ao governo fizeram 24 mortos no Iraque

As manifestações concentraram-se contra as instituições públicas, as sedes de partidos políticos e grupos armados. Os protestos duram desde 1 de outubro e fizeram já centenas de mortos.

A contestação popular contra o Governo no Iraque fez esta sexta-feira 24 mortos em Bagdad e no sul do país, informou a AFP, que refere que os manifestantes atacaram instituições e vários partidos e grupos armados.

Depois da morte de mais de 150 pessoas numa semana no início de outubro, sobretudo manifestantes que exigiam na capital "a queda do regime", os manifestantes viraram sexta-feira a sua contestação contra as instituições públicas, as sedes de partidos políticos e grupos armados.

No sul do país, os manifestantes incendiaram ou saquearam duas sedes de governo local, em Nassiriya e Diwaniya, uma quinzena de sedes de partidos políticos e grupos armados e da poderosa coligação paramilitar Hachd al-Chaabi, principal aliado do Governo do primeiro-ministro, Adel Abdel Mahdi.

O aiatola Ali Sistani, alta autoridade religiosa xiita do Iraque, pediu sexta-feira contenção aos manifestantes e às forças de segurança para evitar o caos durante os protestos.

O Iraque entrou em crise no dia 1 de outubro e durante cinco dias centenas de pessoas foram mortas, sobretudo em Bagdad.

Após uma interrupção, que se prolongou durante as peregrinações xiitas, os manifestantes voltaram a pedir a "queda do regime", precisamente na altura em que se assinala o primeiro ano do novo executivo iraquiano que implementou uma série de reformas económicas alvo de contestação.

No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.