Boaventura Sousa Santos recorda que Dilma só pode ser impedida de governar "se cometer um ato criminoso durante o seu mandato e, até agora isso não aconteceu".
O sociólogo Boaventura Sousa Santos considerou que as manifestações de domingo, que juntaram centenas de milhar pessoas contra o governo de Dilma Roussef, constitui "uma destabilização perigosa e configura um golpe parlamentar". "O que estamos a assistir no Brasil é uma destabilização perigosa que não está a acontecer apenas no Brasil, mas que tem no Brasil uma violência muito especial e que no meu entender neste momento configura um golpe parlamentar", adiantou o sociólogo à Lusa, esta segunda-feira, salientando que a intenção é provocar a saída de Dilma Rousseff do governo.
No entender de Boaventura Sousa Santos, e de acordo com a constituição brasileira, Dilma Rousseff só pode ser impedida de governar "se cometer um ato criminoso durante o seu mandato e, até agora isso não aconteceu".
De acordo com o responsável, na origem dos protestos está a "inconformidade das forças da oposição por terem perdido as eleições, facto que não aceitaram democraticamente". "50 anos depois do golpe militar de 1964 em que houve uma forte intervenção estrangeira na destabilização do Brasil, eu suspeito que neste momento voltamos (...) a ter a ajuda de uma intervenção estrangeira, que está também presente na Argentina e Venezuela, refiro-me à interferência dos Estados Unidos", disse.
Na opinião de Boaventura Sousa Santos, os Estado Unidos "têm mostrado interesse em que a presidente Dilma deixe de estar à frente do Governo por razões que não têm nada a ver com a questão das politicas públicas, mas com as grandes reservas de petróleo do mar profundo não terem sido privatizadas".
Manifestação contra Dilma "é tentativa de golpe parlamentar"
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