Serão assinados vários acordos de uma "magnitude que envolve todos os setores do Governo, muitos acordos em todas as áreas"-
O Presidente chinês, Xi Jinping, estará em Brasília na próxima quarta-feira para uma reunião bilateral com o chefe de Estado brasileiro, Lula da Silva, e reforçar a parceria em "todos os setores do Governo", anunciou hoje a diplomacia brasileira.
Ken Ishii/Pool via REUTERS
Entre hoje e domingo, Xi Jinping estará em visita de Estado no Peru para participar do fórum Cooperação Económica Ásia-Pacífico (Apec), seguindo depois para a cidade brasileira do Rio de Janeiro, para a Cimeira do G20, na qual estarão presentes os principais líderes mundiais, à exceção do líder russo, Vladimir Putin.
Na quarta-feira, o líder chinês vai a Brasília, onde será recebido no Palácio da Alvorada, residência oficial do Presidente do Brasil, por Lula da Silva.
Em conferência de imprensa hoje em Brasília, o secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores, o embaixador Eduardo Paes Saboia frisou que vão ser assinados vários acordos de uma "magnitude que envolve todos os setores do Governo, muitos acordos em todas as áreas".
Essas aéreas incluem agricultura, comércio, finanças, sinergias entre políticas de finanças, infraestrutura, transformação ecológica, rotas de integração, indústria automóvel, criação de fundos chineses e brasileiro, entre outros, não fosse a China o maior parceiro comercial do Brasil.
Em 2003, de acordo com dados oficiais, o comércio entre os dois países cifrava-se em seis mil milhões de euros. Em 2009, a China torna-se no primeiro parceiro económico do Brasil e, em 2023, as trocas comerciais chegaram aos 160 mil milhões de euros. A China é responsável por mais de metade do superavit brasileiro, alicerçada em produtos como a soja, minério de ferro e petróleo bruto.
A importância da China para o Brasil foi também evidente numa das primeiras viagens oficiais de Lula da Silva ao assumir o seu terceiro mandato, em 01 de janeiro de 2023, numa visita de Estado para reafirmar a importância do parceiro estratégico, após quatro anos de turbulências diplomáticas causadas pela administração de Jair Bolsonaro, mais alinhada à política externa norte-americana da administração de Donald Trump.
Estão ainda em negociação mais protocolos para exportação "de mais produtos chineses para a China", havendo a "expectativa de investimentos e grandes projetos", detalhou o embaixador brasileiro.
O Brasil e a China, países fundadores do grupo BRICS, juntamente com a Rússia, que comemoram este ano 50 anos do estabelecimento de laços diplomáticos, vão ainda discutir temas geopolíticos como a guerra na Ucrânia, um tema no qual partilham uma opinião comum.
A discussão destes temas "acontecem naturalmente quando se reúnem dois líderes importantes preocupados com a paz e desenvolvimento", disse Eduardo Paes Saboia.
Questionado sobre a possibilidade de o Brasil ingressar no megaprojeto chinês "Uma Faixa, Uma Rota", ao qual vários países latino-americanos já aderiram, o embaixador brasileiro preferiu não responder.
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