O ex-presidente abandonou esta sexta-feira o hospital militar do Cairo, onde esteve durante praticamente todo o tempo dos seus seis anos de prisão
O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak está livre após ter abandonado o hospital militar do Cairo, onde esteve durante praticamente todo o tempo dos seus seis anos de prisão, disse hoje o seu advogado Farid al-Deeb.
A justiça egípcia tinha decidido libertar Mubarak, 88 anos, no início do mês, após um tribunal de recurso o ter absolvido do envolvimento na morte de manifestantes em 2011 durante a revolta que provocou a sua saída do poder.
No entanto, a justiça ordenou na quinta-feira a reabertura de uma investigação por corrupção contra o ex-presidente por ter alegadamente recebido, juntamente com a mulher, os dois filhos e as noras, prendas do diário governamental Al-Ahram no valor de cerca de um milhão de dólares.
Depois de ter sido forçado a abandonar o poder, após 30 anos à frente do Egipto, Mubarak foi alvo de vários processos.
O ex-chefe de Estado foi acusado de ter instigado o assassínio de manifestantes durante a revolta de duas semanas e meia, período em que morreram 850 pessoas em confrontos com a polícia.
Condenado a prisão perpétua em 2012, foi alvo de um novo julgamento e absolvido em 2014 e a 2 de Março um tribunal de recurso confirmou a absolvição.
Num outro processo, um tribunal de recurso confirmou em Janeiro de 2016 uma pena de três anos de prisão para Mubarak e os seus dois filhos, Alaa e Gamal, por corrupção.
Foram acusados de terem desviado mais de 10 milhões de euros, que se destinavam à manutenção dos palácios presidenciais.
Além dos três anos de prisão, os três foram condenados a pagarem em conjunto uma multa de cerca de 15 milhões de euros e a reembolsarem o Estado com 2,5 milhões de euros.
Neste caso, Mubarak cumpriu a pena e os seus dois filhos foram libertados.
Por outro lado, vários destacados activistas da revolta de 2011 cumprem actualmente longas penas de prisão e grupos de defesa dos direitos humanos dizem que centenas de outros foram vítimas de desaparecimentos forçados.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.