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IPMA alerta para dezenas de Caravelas Portuguesas em praias nacionais

Lusa 20 de março de 2025 às 18:48
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A Caravela Portuguesa "exige mais cautela", por ser "muito urticante" e "capaz de provocar queimaduras graves" na pele, adianta aquele organismo.

Dezenas de Caravelas Portuguesas, capazes de provocar graves queimaduras na pele, têm sido avistados em praias portuguesas, desde o Magoito (Sintra) até à Terra Estreita, em Tavira (Algarve), alertaram hoje as autoridades responsáveis.

 Pedro Noel da Luz

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) publicou hoje um alerta para o avistamento nos últimos dias de Physalia physalis (apelidada de Caravela Portuguesa devido ao seu formato) em praias portuguesas "em números pouco habituais", em alguns casos mais de 50 numa só praia.

O IPMA adianta que nos últimos dias tem recebido avistamentos desde a praia do Magoito, no concelho de Sintra, até á praia da Terra Estreita, no concelho de Tavira.

Entre as espécies deste tipo que ocorrem frequentemente a Portugal, a Caravela Portuguesa "é a que exige mais cautela", por ser "muito urticante" e "capaz de provocar queimaduras graves" na pele, adianta aquele organismo.

A Caravela Portuguesa é muito avistada na costa portuguesa influenciada por ventos e correntes de superfície, apresenta um flutuador em forma de "balão" de cor azul e, por vezes, tons lilás e rosa, com tentáculos que podem atingir mais de 30 metros de comprimento. Estes tentáculos pendentes têm como finalidade capturar peixes para a sua alimentação.

O IPMA sublinha que "é importante não tocar" nestes espécimes, "mesmo quando aparentam estar mortos na praia", como acontece muitas vezes com as medusas (alforrecas), que apesar de uma aparência do género não pertencem à mesma família.

O programa GelAvista, do IPMA, lembra os cuidados a ter em caso de contacto inadvertido com uma Caravela Portuguesa, como seja "limpar bem a zona afetada com água do mar e retirar quaisquer pedaços de tentáculos que possam ter ficado presos na pele, com uma pinça".

Quem for atingido poderá aplicar vinagre e compressas quentes e, evitar o uso de álcool e água doce, avisa o IPMA, alertando que "em caso de queimadura extensa, deve-se procurar um profissional de saúde".

A desenvolver a sua atividade desde 2016, o GelAvista (gelavista.ipma.pt) tem vindo a convidar os cidadãos a participarem na monitorização dos organismos gelatinosos em Portugal, salientando que, por isso, qualquer ocorrência desta ou de outras espécies de organismos gelatinosos poderá ser comunicada ao programa.

A informação de cada avistamento (data, local, número de organismos e fotografia com objeto a servir de escala) deverá ser enviada para o email plancton@ipma.pt, ou através da aplicação GelAvista disponível para todos os dispositivos móveis, apela o IPMA.

A Caravela Portuguesa não é uma alforreca, mas uma colónia de organismos da classe dos hidrozoários, com indivíduos geneticamente diferentes e altamente especializados, mas que aparentam ser um único animal.

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