Sábado – Pense por si

A Human Rights Watch (HRW) pediu na sexta-feira o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para visitar Leopoldo López para "dissipar qualquer dúvida sobre a saúde" do preso venezuelano, a quem a família não diz não ver há um mês.

Numa carta dirigida a Maduro, o director para as Américas da HRW, José Miguel Vivanco, pediu para visitar o político condenado a quase 14 anos de prisão, um pedido que é feito depois de na quinta-feira o secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, ter endereçado outro no mesmo sentido.

Vivanco disse que nos últimos dias tinham circulado "rumores de que López tinha sido transportado para um hospital militar com complicações de saúde".

Na quarta-feira, o deputado chavista Diosdado Cabello, no seu programa de televisão no canal estatal, difundiu um vídeo "no qual López diz à sua família que está bem".

"No entanto, nem a sua família nem o seu advogado puderam visitá-lo desde então. De facto não puderam vê-lo desde o início de Abril", destacou o activista.

"Estes últimos acontecimentos são extremamente preocupantes à luz da arbitrária perseguição penal e condenação de López, das condições da sua detenção, que incluíram longos períodos sem contacto com a sua família e advogados", acrescentou Vivanco.

O representante da HRW mostrou-se, além disso, alarmado pela "inexistência de recursos judiciais adequados dada a falta de independência dos tribunais" na Venezuela.

"Para dissipar qualquer dúvida sobre a saúde de López, solicito-lhe (...) autorização para que uma delegação da Human Rights Watch visite López na prisão", concluiu Vivanco.

A lagartixa e o jacaré

Dez observações sobre a greve geral

Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.

Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.