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Foguetão chinês caiu nas Maldivas e desintegrou-se no regresso à Terra

09 de maio de 2021 às 10:53
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"Devido à composição técnica deste foguete, a maioria dos componentes será incinerado e destruído ao entrarem na atmosfera", defendeu o porta voz da diplomacia chinesa.

Um importante segmento do foguetão chinesa desintegrou-se na madrugada deste domingo ao reentrar na atmosfera terrestre e caiu no oceano Índico, perto das Maldivas, anunciou a agência espacial da China.

"De acordo com o percurso e análise, pelas 10h24 (03h34 em Lisboa) de 09 de maio de 2021, o primeiro andar do foguetão Longa Marcha 5B reentrou na atmosfera", declarou o Gabinete de Engenharia Espacial Tripulada chinês, em comunicado.

As coordenadas fornecidas pelas autoridades chinesas apontam para um local próximo das ilhas Maldivas, no oceano Índico, a sul da Índia.

O tamanho do objeto, de cerca de 30 metros e entre 17 e 21 toneladas, e a velocidade a que viajava, perto de 28 mil quilómetros por hora, levaram à ativação das mais importantes agências de monitorização espacial do mundo, como o Pentágono ou o Serviço de Vigilância e Acompanhamento Espacial da UE (EUSST).

Na sexta-feira, Pequim tinha classificado como "extremamente fraco" o risco de danos na superfície terrestre devido à entrada descontrolada na atmosfera do foguetão.

Na semana passada, a China lançou, recorrendo ao foguetão Longa Marcha 5B, o módulo Tianhe, ou Harmonia Celestial, para a primeira estação espacial permanente, que visa hospedar astronautas a longo prazo.

"A probabilidade de causar danos às atividades aéreas ou no solo é extremamente fraca", disse à imprensa um porta-voz da diplomacia chinesa, Wang Wenbin.

"Devido à composição técnica deste foguete, a maioria dos componentes será incinerado e destruído ao entrarem na atmosfera", acrescentou.

O lançamento da semana passada foi o primeiro de 11 missões necessárias para construir e abastecer a futura estação espacial chinesa e enviar uma tripulação de três pessoas até ao final do próximo ano.

Pelo menos 12 astronautas estão a treinar para viver na estação, incluindo veteranos de missões anteriores. A primeira missão tripulada, a Shenzhou-12, está prevista para junho.

Quando concluída, no final de 2022, a Estação Espacial Chinesa deverá pesar cerca de 66 toneladas, consideravelmente menor do que a Estação Espacial Internacional, que pesará cerca de 450 toneladas e para a qual o primeiro módulo foi lançado em 1998.

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