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Empresa despede mulher por usar véu islâmico e é condenada

23 de outubro de 2016 às 16:03
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Tribunal decidiu que a mulher sérvia de 29 anos foi despedida sem justa causa de uma lavandaria, determinando que a empresa a indemnizasse

Um tribunal suíço condenou uma empresa que despediu uma empregada com seis anos de serviço após ela ter começado a usar o véu islâmico, numa das primeiras decisões do tipo na Suíça, informou hoje um jornal.

O tribunal regional em Berna considerou no mês passado que a mulher sérvia de 29 anos foi despedida sem justa causa de uma lavandaria, determinando que a empresa a indemnizasse.

Segundo oLe Matin Dimanche, a mulher, identificada apenas como Abida, foi despedida em Janeiro de 2015, depois de ter começado a usar o véu islâmico que o empregador considerou violar as regras de higiene.

Ela ter-se-ia oferecido para lavar o lenço diariamente ou usar descartáveis, mas o empregador recusou, dizendo que teria de o tirar ou sair.

O tribunal de Berna considerou que a empresa violou o direito constitucional da mulher à liberdade de expressão e que o uso do véu só pode ser motivo para rescisão no caso de impedir a realização das funções descritas no contrato de trabalho ou "afectar substancialmente" o ambiente de trabalho, indicou o jornal.

"Não deve importar se uma mulher usa um lenço ou se um homem usa a quipá judaica. No trabalho, a competência deve ser o critério e não as roupas que se vestem", disse ao jornal Onder Gunes, da Federação das Organizações Islâmicas na Suíça.

Salazar ainda vai ter de esperar

O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.