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EDP acredita que hidrogénio verde vai "explodir" nos próximos anos e tem 20 projetos em estudo

O administrador financeiro, Rui Teixeira, disse que "há um consenso" de que o hidrogénio verde é uma tecnologia que "vai levar à meta da descarbonização"

O presidente executivo da EDP disse esta quinta-feira que o hidrogénio verde é um tipo de energia que vai "explodir" no curso da próxima década e que a energética está preparada para tirar vantagem disso, estando já a analisar 20 projetos.

"Nós acreditamos que esta energia [hidrogénio verde] vai 'explodir' no curso da próxima década. [...] Nós, EDP, estamos bem posicionados para tirar vantagem disso", disse Miguel Stilwell d'Andrade, durante a apresentação do plano estratégico do grupo para 2021-2025 aos analistas.

A EDP tem já 20 projetos de hidrogénio verde em análise, disse, sem ter no entanto revelado mais detalhes.

Também presente na sessão, o administrador financeiro, Rui Teixeira, disse que "há um consenso" de que o hidrogénio verde é uma tecnologia que "vai levar à meta da descarbonização". "Naturalmente, vemo-nos a ter um papel-chave neste setor", acrescentou.

A EDP é uma das empresas que faz parte do consórcio H2Sines (juntamente com a Galp, REN, Martifer, Vestas e Engie), um projeto para analisar a possibilidade de produzir hidrogénio verde em Sines.

De acordo com o plano hoje divulgado, a EDP quer ter mais 50 gigawatt (GW) em energia limpa até 2030, passando de uma produção renovável atual de 74% para 100% em 2030.

O grupo pretende investir 24.000 milhões de euros na transição energética, dos quais 19.200 milhões de euros (80%) em energias renováveis até 2025, que inclui tecnologias eólica, solar, hidrogénio verde e armazenamento de energia.

Salazar ainda vai ter de esperar

O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.