"Se uma pessoa é negra e é de direita é tratada, desculpem a força da expressão, como se tratam os pretos", alegou Mithá Ribeiro, que defendeu que não existe racismo em Portugal.
O deputado do Chega Gabriel Mithá Ribeiro considerou hoje que não foi eleito vice-presidente da Assembleia da República por uma "questão racial", mas não respondeu às sucessivas questões sobre se existe racismo em Portugal.
"Fui rejeitado num país e num regime que anda há décadas a dizer que combate o racismo", disse Gabriel Mithá Ribeiro, em conferência de imprensa, nos Passos Perdidos, depois da rejeição do seu nome para vice-presidente da Assembleia da República.
O deputado obteve 37 votos a favor, 177 brancos e 11 nulos, aquém dos 116 deputados necessários para conseguir a maioria absoluta e ser eleito vice-presidente.
O Chega começou por apresentar a votos para a vice-presidência da Assembleia da República Diogo Pacheco de Amorim, que falhou a eleição com 35 votos a favor, 183 brancos e seis nulos.
Gabriel Mithá Ribeiro, que falou depois do presidente do partido, André Ventura, disse não poder "deixar de acrescentar neste episódio a questão racial".
"Isto tem de ter uma interpretação racial", argumentou.
Gabriel Mithá Ribeiro é conhecido por publicações académicas em que defende que não existe racismo em Portugal, posição que também assume publicamente.
Face às declarações que fez, o deputado foi questionado várias vezes pelos jornalistas sobre se, então, assume que existe racismo em Portugal e se o 'chumbo' para a vice-presidência da Assembleia da República está relacionado com isso.
O deputado não respondeu diretamente a nenhuma das questões.
"Eu digo que o racismo é um fenómeno histórico que, entretanto, foi ultrapassado, mas aqueles que andam a encher o discurso de que o racismo existe, na hora da verdade fazem isto", disse o deputado.
O deputado, que nasceu em Moçambique, disse também que há uma diferença de tratamento entre as pessoas que pertencem a uma minoria, mas têm orientações políticas diferentes: "Se uma pessoa é negra e é de esquerda é tratada com dignidade ou pelo menos com alguma dignidade. Se uma pessoa é negra e é politicamente neutra tende a ser apagada das instituições. Se uma pessoa é negra e é de direita é tratada, desculpem a força da expressão, como se tratam os pretos".
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.