A líder do CDS, natural de Angola, vai à capital do país dias depois de ser conhecida a decisão de enviar o processo de Manuel Vicente para Angola.
A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, vai estar hoje em Luanda para proferir uma palestra na Universidade Agostinho Neto sobre a participação das mulheres na política.
"A razão desta deslocação foi um convite da Universidade Agostinho Neto para uma palestra sobre a participação das mulheres na política", disse à agência Lusa Assunção Cristas, referindo que já esteve anteriormente nesta universidade de Luanda enquanto académica.
Como líder centrista, esta é a primeira vez que se desloca a Luanda e, nesse âmbito, propôs também a realização de "encontros bilaterais com os partidos", os quais decorrerão já na terça-feira.
Assunção Cristas adiantou que terá reuniões com o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder), a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), a Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE) e ainda com a Organização da Mulher Africana.
A líder do CDS-PP, que é natural de Angola, estará acompanhada pela deputada Ana Rita Bessa.
Assunção Cristas estará em Luanda quatro dias após a divulgação da decisão do Tribunal da Relação de Lisboa de enviar o processo do ex-vice-Presidente angolano, Manuel Vicente, arguido na Operação Fizz, para Angola. Esta decisão era reclamada por Angola e perturbou as relações entre os dois países.
A presidente centrista disse à Lusa que quando recebeu o convite da Universidade Agostinho Neto não era conhecida a decisão do Tribunal da Relação, que considerou ser "muito positiva para Portugal e para Angola".
"Há muitos portugueses a viver em Angola e muitos angolanos a viver em Portugal e há uma forte interacção económica, ao nível dos investimentos. Há uma relação histórica e cultural partilhada pela língua e um bom relacionamento [entre os dois países], mas havia esta situação menos agradável e que está ultrapassada", justificou.
Após ter sido conhecida a decisão do tribunal, na quinta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que desapareceu o único factor "irritante" nas relações luso-angolanas.
Numa declaração à agência Lusa, António Costa disse, na altura, que a decisão era a "demonstração de que vale a pena confiar no regular funcionamento das instituições judiciais para assegurar a boa aplicação da lei".
Na sexta-feira, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, comunicou que falou por telefone com o seu homólogo angolano, João Lourenço, e que os dois expressaram "a vontade de desenvolver a cooperação a todos os níveis".
Em Angola, estará também a partir desta segunda-feira o ministro da Defesa, José Azeredo Lopes, numa deslocação de cinco dias para "reforçar a cooperação no domínio da defesa".
Cristas em Luanda para falar sobre as mulheres na política
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.