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"Presidente Bolsonaro, ninguém vai conseguir fazer um trabalho sério com a sua interferência nos Ministérios e na Polícia Federal", disse o governador do Rio de Janeiro.
Governadores brasileiros lamentaram hoje a saída do Governo de mais um ministro da Saúde num momento de pandemia, acusando o Presidente do país, Jair Bolsonaro, de interferir os ministérios.
"Minha solidariedade, ministro Nelson Teich. Presidente Bolsonaro, ninguém vai conseguir fazer um trabalho sério com a sua interferência nos Ministérios e na Polícia Federal. É por isso que governadores e prefeitos precisam conduzir a crise da pandemia e não o senhor, Presidente. É mais um herói que se vai", escreveu na rede social Twitter o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.
Outros dos governadores que lamentou a saída de mais um nome técnico da pasta da Saúde foi João Doria, que governa o estado de São Paulo, foco da covid-19 no país, e que defende fortemente o isolamento social para travar a disseminação do vírus, ao contrário de Bolsonaro.
"Mais um ministro da Saúde, que acredita na ciência, deixa o Governo Bolsonaro. No momento em que a curva de mortes pelo coronavírus acelera, o Brasil perde com a saída de Nelson Teich. O barco está à deriva. Que Deus proteja o Brasil e os brasileiros", indicou Doria no Twitter.
Em conferência de imprensa, o governador de São Paulo, estado que até quinta-feira contabilizava 4.315 mortos e 54.286 infetados, intensificou as suas críticas ao chefe de Estado.
"Lamento que essa troca tenha sido feita e espero que o sucessor do ministro Nelson continue seguindo a orientação da medicina e da saúde, e que não incorra no grave erro de seguir orientações ideológicas partidárias, pessoais ou familiares. Um ministro da saúde do Brasil deve proteger a saúde dos brasileiros, e não proteger a individualidade da intenção deste ou daquele mandatário", afirmou Doria.
"Lamento mais uma vez a perda do ministro Nelson Teich, como lamentei aqui a perda também do ministro Luiz Henrique Mandetta [ministro antecessor de Teich], que também pagou com seu cargo por defender o seu compromisso com a ciência com a saúde e com a vida dos brasileiros", acrescentou o governador.
O ministro da Saúde do Brasil, Nelson Teich, pediu a demissão hoje de manhã, disse à Lusa a assessoria de comunicação do Ministério.
Teich havia assumido o cargo em 17 de abril, após a demissão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, que discordava do Presidente do país, Jair Bolsonaro, na condução das medidas de combate ao novo coronavírus.
Após o anúncio da demissão de Teich, oncologista de formação, o seu antecessor usou o Twitter para apelar à população que fique em casa, pedindo ainda "oração, ciência, paciência e fé" para o sistema público de saúde brasileiro.
Também o governador do estado do Espírito Santo, Renato Casagrande, reclamou autonomia do Ministério da Saúde no combate à pandemia.
"A saída de mais um ministro da saúde em meio da pandemia mostra como estamos à deriva no enfrentamento à crise por parte do Governo federal. Ou o Presidente deixa o Ministério agir, segundo as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) ou vamos perder cada vez mais brasileiros", escreveu Casagrande nas redes sociais.
"Inaceitável" foi a expressão usada pelo governador da Bahia, Rui Costa, para o facto de se registarem as saídas de dois ministros da Saúde em plena pandemia, "por não aceitarem seguir as orientações médicas de um Presidente que nada entende de Saúde". "O país exige respeito à vida, à medicina e à ciência", acrescentou.
Também Fernando Haddad, adversário de Bolsonaro nas presidenciais de 2018, pelo Partidos dos Trabalhadores, se pronunciou em relação a mais uma saída da tutela da Saúde.
"Quem será o próximo ministro da Saúde? Tanto faz, enquanto Bolsonaro estiver Presidente", ironizou Haddad, no Twitter.
O desgaste de Teich em menos de um mês no Governo ficou evidente esta semana, quando foi informado por jornalistas sobre um aumento na lista de atividades essenciais, decretado por Jair Bolsonaro, que incluiu barbeiros, cabeleireiros e ginásios desportivos entre atividades que poderiam funcionar durante o isolamento social decretado por prefeitos e governadores em todo o país.
O ministro demissionário da Saúde também divergia de Jair Bolsonaro sobre a indicação do uso da cloroquina e da hidroxicloroquina em pacientes com covid-19.
Teich tornou-se assim no terceiro ministro a sair do Governo de Bolsonaro durante a pandemia no novo coronavírus, a seguir a Luiz Henrique Mandetta (Saúde) e Sergio Moro (Justiça).
No Brasil foram registados 202.918 casos de infeção e 13.993 mortes provocadas pela covid-19 até quinta-feira.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 302 mil mortos e infetou mais de 4,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Covid-19: Governadores lamentam saída de mais um ministro da Saúde
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