"A mentira, normalmente, esconde poderosos interesses económicos, políticos e ideológicos e, por isso, é amplamente financiada a nível internacional", apontou deputado.
O deputado do PS Alexandre Quintanilha fez hoje um discurso em que alertou para os riscos dos simplismos, em oposição ao conhecimento e à literacia, apontando o medo e a mentira como os maiores inimigos da democracia.
Estes avisos foram deixados pelo cientista e professor universitário na abertura do debate parlamentar sobre o decreto presidencial que renova o estado de emergência em Portugal por mais 15 dias, até 16 de março - um discurso que foi longamente aplaudido pela bancada socialista, por deputados do Bloco de Esquerda e Joacine Katar Moreira.
"É em momentos de crise que percebemos que o maior inimigo da democracia e do conhecimento não é a incerteza mas a mentira, porque a mentira é sempre assertiva, categórica, nunca tem dúvidas, baseia-se na ignorância, é fácil, simplista e explora a fragilidade do outro. A mentira, normalmente, esconde poderosos interesses económicos, políticos e ideológicos e, por isso, é amplamente financiada a nível internacional", afirmou.
Alexandre Quintanilha disse depois que as "certezas são sempre mais fáceis de ser transmitidas nas redes sociais e nos media, porque ocupam menos espaço, exigem menos explicação".
"Jornalistas que questionam os negacionistas são ameaçados, inclusive de morte, e até em Portugal. Repetir-se muitas vezes a mesma mentira funciona, porque a insegurança e o medo são fáceis de vender. A mentira promove a autocracia", declarou.
Covid-19: Alexandre Quintanilha (PS) aponta a mentira como o maior inimigo da democracia
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