À chegada à Exposalão, na Batalha, distrito de Leiria, onde decorre o 22.º Congresso do PS, António Costa foi questionado sobre a intervenção do eurodeputado Francisco Assis, que no sábado criticou a actual solução governativa, mas elogiou a sua prestação na chefia do Governo e lhe disse: "Imagino o grande primeiro-ministro que poderás ser sem esta limitação da geringonça".
"Eu já fico muito satisfeito de ele achar que eu sou bom primeiro-ministro", respondeu o secretário-geral do PS aos jornalistas.
Em seguida, António Costa rejeitou que a actual solução de Governo esteja esgotada: "Não, esta solução tem demonstrado toda a vitalidade e o sucesso dos resultados que temos tido, na criação de emprego, no crescimento económico, na boa gestão das finanças públicas, na realização de melhorias concretas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), melhorias concretas no nosso sistema de ensino".
"Mas, também a vitalidade desta solução, a estabilidade desta solução, e que vamos continuar", completou.
Além disso, Costa afirmou ter ouvido "com interesse" o discurso de Pedro Nuno Santos, como "a generalidade dos discursos" no Congresso da Batalha, e considerou que os princípios que defendeu representam o partido. "Vi com interesse, como vi a generalidade dos discursos", frisou.
Interrogado se gostou da defesa que Pedro Nuno Santos fez do que considera o verdadeiro significado de se ser socialista, o secretário-geral do PS e primeiro-ministro respondeu que "sim, chama-se PS".
No sábado, dia reservado para o debate político, Pedro Nuno Santos fez um discurso que foi aplaudido de pé, em que afirmou que defender os direitos trabalhadores, o sistema público de pensões, o Estado social em geral, "não é radicalismo, é ser socialista".