A China registou esta quarta-feira 15 novos casos de infeção pelo Covid-19, o número mais baixo desde que iniciou a contagem diária, em janeiro, numa altura em que outros países lidam com novos focos do surto.
Até à meia-noite de quarta-feira (16h00 em Lisboa), o número de mortos na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, subiu em 11, para 3.169. No total, o país soma 80.793 infetados.
A Comissão Nacional de Saúde informou que 62.793 pessoas receberam alta após terem superado a doença, até à data, restando 14.831 em tratamento.
Dez das onze mortes ocorreram na província de Hubei, epicentro da epidemia, onde surgiram também 8 dos 15 novos casos detetados a nível nacional.
Esses oito casos foram detetados na capital de Hubei, a cidade de Wuhan, de onde o vírus é originário, e sob quarentena desde 23 de janeiro passado.
No total, Hubei soma 3.056 mortes e 67.781 casos de infeção, a maioria a nível mundial.
Nas últimas 24 horas, foram detetados seis casos "importados" de fora do país, incluindo três na província de Guangdong, adjacente a Macau.
Segundo dados oficiais, 677.243 pessoas que tiveram contacto próximo com os infetados foram monitorizadas clinicamente desde o início do surto, entre as quais 13.701 ainda estão sob observação.
Uma das prioridades das autoridades chinesas é agora "protegerem-se contra a importação" de infeções de outros países, à medida que Itália, Irão ou Coreia do Sul lidam com um rápido aumento no número de infetados.
O surto de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.500 mortos, entre mais de 124 mil pessoas infetadas numa centena de países e territórios.
Coreia do Sul com 114 infetados
A Coreia do Sul anunciou hoje ter registado o menor número de novos casos diários de coronavírus em quase três semanas, 114, somando um total de 7.869 pessoas infetadas.
Do total das infeções, 7.470 são casos ativos, depois de 333 terem recebido alta hospitalar. Nas últimas 24 horas há a registar mais seis mortes, o que elevou para 66 o número de vítimas fatais desde o início do surto.
Das 114 novas transmissões, a maioria, 81, foi registada novamente no foco principal do país, localizado na cidade de Daegu (cerca de 230 quilómetros a sudeste de Seul) e na província de Gyeongsang do Norte. Este foco representa 89% dos casos.
No entanto, os últimos números na região sugerem uma estabilização do foco, já que Daegu, com 73 novos casos na quarta-feira, contabilizou menos de 100 infeções pela segunda vez esta semana. Já em Gyeongsang do Norte, há a registar oito infeções nas últimas 24 horas, o menor número de testes positivos desde 20 de fevereiro.
O surto no sudeste está sobretudo associado à seita religiosa Shinchonji, com 60% das transmissões localizadas em Daegu, onde está sediada, sendo que mais de 200 mil membros já fizeram análises ao coronavírus.
A Coreia do Sul testou mais de 227.000 pessoas até o momento.
Por sua vez, Seul registou 19 novos casos na quarta-feira e já identificou um total de 212 pessoas infetadas, tornando-se no terceiro local no país com mais infeções.
O primeiro-ministro sul-coreano, Chung Sye-kyun, alertou hoje numa reunião do Governo para o perigo de uma "super-transmissão" do patógeno em Seul e arredores, onde residem 26 milhões de pessoas, mais de metade da população do país.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a doença Covid-19 como pandemia, uma decisão que justificou com os "níveis alarmantes de propagação e de inação".
A pandemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.500 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ultrapassou as 124 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 59 casos confirmados.
A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 12.000 infetados e pelo menos 827 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.