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Chega: Vice-presidente quer foco no "combate externo" a partidos como o BE

19 de setembro de 2020 às 20:12
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Os objetivos a que presidente do Chega se propôs, "a si e ao partido" são "muito ambiciosos, mas nós podemos cumprir e ajudar o André a cumprir", afirmou Diogo Pacheco de Amorim.

O vice-presidente do Chega, Diogo Pacheco de Amorim, alertou hoje os militantes e apoiantes do partido para se focarem "no combate externo" contra os partidos que "representam a 'ponta de lança' do sistema", como o Bloco de Esquerda.

Na sua intervenção na II Convenção Nacional do partido, que arrancou hoje em Évora e termina no domingo, o vice-presidente do partido liderado por André Ventura fez questão de deixar "uma chamada de atenção" que disse esperar que "toque a todos" os militantes.

Os objetivos a que presidente do Chega se propôs, "a si e ao partido" são "muito ambiciosos, mas nós podemos cumprir e ajudar o André a cumprir", afirmou.

Para tal, é necessário "focarmo-nos exclusivamente no combate externo", defendeu Diogo Pacheco de Amorim, antigo "braço direito" de Manuel Monteiro no CDS, suscitando palmas da plateia.

Trata-se de "um combate difícil contra o sistema, todo o sistema", e "contra partidos que representam a 'ponta de lança do sistema", afirmou, apontando como "exemplo o Bloco de Esquerda", alusão que, de imediato, foi acompanhada por apupos vindos dos delegados presentes na plateia.

Ao intervir, Diogo Pacheco de Amorim aludiu ainda às eleições presidenciais, considerando que "não é fácil cumprir os objetivos que o André propôs para a Presidência da República".

"Vamos precisar de toda a nossa energia", incentivou, referindo ainda que "não é fácil ser, de forma consolidada, o terceiro partido deste país" e essa "é uma ambição grande", mas que "tem de ser cumprida".

E "tem de ser cumprida por todos nós, não é pelo André", vincou, pedindo o apoio dos militantes e dos apoiantes para alcançar estes objetivos.

O vice-presidente pediu ainda o apoio, no seu discurso, para a aprovação de duas propostas de alteração dos estatutos do partido, a primeira delas para a criação de uma comissão política nacional, "que ficará na dependência do presidente" e será "um órgão consultivo por nomeação", e a segunda para instituir o Gabinete de Estudos do Chega.

Uma outra proposta de Diogo Pacheco de Amorim, recebida com o desacordo de alguns e a aprovação e palmas de outros, foi relacionada com a escolha dos elementos para as concelhias do partido.

"Há quem entenda que devam ser eleitos, há quem entenda que devam se nomeados, pelo menos nos próximos dois anos. O partido é um partido muito novo, temos um ano, será mais sábio, nos próximos dois anos ou no prazo mais próximo, que as concelhias sejam nomeadas", defendeu.