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"Chapa 3": Mitroglou e Carrillo selam vitória do Benfica

No terceiro e último encontro sem o treinador Rui Vitória no banco, nem a expulsão de Ederson afastou as "águias" dos três pontos

O Benfica confirmou os sinais de retoma e consolidou a liderança da I Liga, ao bater o Arouca por 3-0 e resistindo durante largo período à inferioridade numérica, na abertura da 21ª jornada.

Mitroglou (25 e 35 minutos) colocou os tricampeões em posição vantajosa na primeira parte e nem mesmo a expulsão de Ederson, aos 42, impediu que o conjunto da Luz aumentasse os números, por Carrillo (49), e somasse a segunda vitória consecutiva, depois dos tropeções com Moreirense e Vitória de Setúbal.

O Benfica ganha, assim, um importante impulso para a recepção ao Borussia de Dortmund, na primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, e aumenta provisoriamente para quatro pontos a vantagem sobre o "vice" FC Porto, que no sábado joga em Guimarães.

Sem Salvio, poupado para o embate de terça-feira com os alemães, as águias apresentaram-se com Carrillo de início, tendo sido esta a única alteração operada pelo técnico Rui Vitória, que cumpriu o último de três jogos de suspensão, ficando o comando encarnado entregue ao adjunto Arnaldo Teixeira.

O extremo peruano foi mesmo dos mais activos entre a "armada" ofensiva da Luz - e isso mesmo foi reconhecido pelos adeptos aquando do golo apontado - quase sempre coadjuvado por Zivkovic, que se revelou um quebra-cabeças para qualquer um dos laterais arouquenses, ora na direita ora na esquerda.

Pizzi, que procura o seu melhor registo de golos marcados numa época, deu o primeiro aviso, na tentativa de anotar o seu 12º tento, antes de Fejsa e Zivkovic colocarem Bolat à prova, ainda que sem perigo de maior para o guardião que está cedido pelo FC Porto.

Pelo meio, já Tomané tinha obrigado Ederson a aplicar-se, mas a primeira grande ocasião surgiu de um corte infeliz de Nuno Coelho que foi embater na trave e evitou que os encarnados se adiantassem no marcador.

Pouco depois, Mitroglou viu ser-lhe anulado (e bem) o golo, só que, à passagem dos 25 minutos, nada impediu que o grego festejasse o 17.º tento da temporada, dando a melhor sequência a um cruzamento preciso de Jonas.

O domínio do Benfica era evidente e só Bolat ia evitando o avolumar do marcador, até que o avançado helénico voltou a surgir no sítio certo e chegou à dezena de golos no campeonato, após combinação entre Carrillo e Eliseu.

A abertura da jornada corria de feição aos tricampeões, mas, no espaço de dois minutos, Ederson foi do "céu ao inferno": primeiro anulou as intenções de Mateus, com uma intervenção decisiva, mas acabaria por perder o duelo seguinte com o avançado angolano, ao ser admoestado com o vermelho direto, depois de atingir o adversário.

O Benfica ficava "órfão" de Mitroglou, o sacrificado para a entrada de Júlio César, porém o aparente revés não passou disso mesmo e, no regresso do descanso, as águias dilataram o marcador, por intermédio de Carrillo, que concluiu com classe uma jogada bem desenhada por Nélson Semedo, Jonas e Pizzi.

Júlio César era, nesta altura, o dono das redes benfiquistas e, apesar da pouca utilização esta época, foi revelando reflexos apurados, sobretudo à hora de jogo, quando teve de impedir que o corte de Nélson Semedo se encaminhasse para a baliza errada.

Com o passar dos minutos, e certamente com a partida europeia em vista, o Benfica resguardou-se mais dos ataques contrários e do desgaste de estar a actuar com menos um elemento, gerindo o jogo a seu bel-prazer, perante um Arouca que foi quase sempre inofensivo na tentativa de ferir a "águia".

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O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.