O Presidente da Comissão Europeia diz que lidar com 28 ou 27 estados-membro já é complicado e que se todas as regiões tiverem independência seria pior.
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, considerou hoje que se a Catalunha se tornar independente há o risco de outras regiões europeias tentarem o mesmo, esclarecendo que Bruxelas não vai mediar o conflito com Madrid.
"Se a Catalunha se tornar independente, outros fariam o mesmo e isso não me agrada", disse Juncker, discursando na Universidade do Luxemburgo e citado pela agência EFE. "Se a Catalunha se tornar independente, outros fariam o mesmo e isso não me agrada", disse Juncker, discursando na Universidade do Luxemburgo e citado pela agência EFE. "Não me agradaria que daqui a 15 anos a União Europeia fosse formada por 98 estados. Já é relativamente difícil com 28, não será mais fácil com 27, mas com 98 creio que seria impossível", acrescentou, segundo avançam os jornais espanhóis.
O líder do executivo comunitário adiantou ser já "suficientemente difícil" uma União Europeia a 28, sublinhando que "seria impossível" com muitos mais Estados-membros.
Sobre a recusa da Comissão Europeia a servir de mediadora entre os independentistas da Catalunha e Madrid, Juncker explicou que Bruxelas só interfere nas negociações entre Estados-membros.
O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, deu na quarta-feira cinco dias ao presidente regional catalão, Carles Puigdemont, para clarificar se declarou ou não a independência na região, na sequência do referendo de 1 de Outubro, considerado ilegal.
No seu discurso de terça-feira, Puigdemont disse que assumia o mandato dado pelo povo catalão para que a Catalunha seja um "Estado independente", mas propôs ao Parlamento suspender os efeitos de uma declaração de independência - que nunca referiu explicitamente - por "algumas semanas" para facilitar um diálogo com Madrid.
Caso Puigdemont confirme que declarou a independência da Catalunha, Madrid dar-lhe-á um prazo suplementar -- até ao próximo dia 19 -- para fazer marcha atrás, antes de recorrer ao artigo 155.º da Constituição, que permite ao Governo espanhol suspender a autonomia da região.
O artigo 155.º da Constituição espanhola, nunca usado desde que o texto fundamental foi escrito e aprovado em 1978, permite a suspensão de uma autonomia e dá ao Governo central poderes para adoptar "as medidas necessárias" para repor a legalidade.
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