Sábado – Pense por si

Caso Alexandra Reis. António Costa diz que desconhecia antecedentes

Primeiro-ministro declarou que "desconhecia em absoluto os antecedentes" da situação e solicitou esclarecimentos aos ministros das Finanças, Fernando Medina, e das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.

O primeiro-ministro afirmou hoje à Lusa que "desconhecia em absoluto os antecedentes" e pediu esclarecimentos sobre a indemnização atribuída pela TAP à secretária de Estado Alexandra Reis, aguardando a "qualificação jurídica" dos factos.

REUTERS/Piroschka van de Wouw/File Photo/File Photo

Em resposta a perguntas escritas da agência Lusa, António Costa declarou que "desconhecia em absoluto os antecedentes" da situação e solicitou esclarecimentos aos ministros das Finanças, Fernando Medina, e das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.

"Naturalmente solicitei esclarecimentos aos Ministros que tutelam a TAP, que estão a avaliar a questão", disse.

Questionado sobre as declarações de Alexandra Reis, na segunda-feira, à Lusa, o primeiro-ministro disse: "Quanto à Secretária de Estado do Tesouro, registo que se prontificou a devolver qualquer quantia que não lhe fosse devida e que recebeu nos termos acordados entre os advogados".

Sobre se mantém a confiança na governante, o chefe do Governo respondeu que "quanto ao mais", aguarda "o esclarecimento cabal dos factos e da sua qualificação jurídica".

A secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, recebeu uma indemnização no valor de 500 mil euros por sair antecipadamente do cargo de administradora executiva da companhia aérea portuguesa, quando ainda tinha de cumprir funções durante dois anos. Meses depois, foi nomeada pelo Governo para a presidência da Navegação Aérea de Portugal (NAV).

O caso, noticiado no passado sábado peloCorreio da Manhã, mereceu críticas de toda a oposição.

Artigos Relacionados
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.

Visto de Bruxelas

Cinco para a meia-noite

Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.