A presidente da Comissão Europeia falou depois de ouvir a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, cujo Governo, como o da Suécia, indicou que as fugas identificadas nos gasodutos que ligam a Rússia à Alemanha são o resultado de "atos deliberados".
A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, assegurou esta terça-feira que, caso as três fugas detetadas nos gasodutos submarinos Nord Stream no mar Báltico sejam uma "ação de sabotagem", haverá "uma forte resposta".
REUTERS/Yves Herman
"Agora é primordial investigar os incidentes, obter total clareza sobre os eventos e porquê. Qualquer interrupção deliberada da infraestrutura energética europeia ativa é inaceitável e levará à resposta mais forte possível", disse Von der Leyen.
A presidente da Comissão Europeia fez estas declarações depois de falar por telefone com a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, cujo Governo, como o da Suécia, indicou que as fugas identificadas nos gasodutos que ligam a Rússia à Alemanha são o resultado de "atos deliberados".
"A avaliação clara das autoridades é que é um ato intencional e não um acidente", observou Frederiksen, numa conferência de imprensa.
Também a primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, afirmou que "provavelmente" o que aconteceu foi devido a "sabotagem".
Nenhuma das duas governantes quis especular sobre o possível motivo ou autor e ambas destacaram a gravidade do incidente, embora tenha ocorrido perto, mas fora do seu território, nem Von der Leyen apontou nenhum alegado autor.
A NATO, Rússia, Estados Unidos e Alemanha também evitaram especulações até obterem mais informações sobre o assunto.
Um instituto sísmico sueco anunciou hoje que a Suécia detetou duas explosões submarinas, "muito provavelmente devido a detonações", perto dos locais onde foram detetadas fugas nos gasodutos que transportam gás russo para a Europa.
As autoridades dinamarquesas e suecas detetaram fugas no gasoduto Nord Stream 1, que a Rússia encerrou no início de setembro, e no gasoduto Nord Stream 2, que nunca foi posto em funcionamento, devido à falta de autorização da Alemanha, na sequência da invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro.
Apesar de não estarem operacionais, os dois gasodutos operados por um consórcio da gigante russa Gazprom estavam cheios de gás.
A Ucrânia acusou hoje a Rússia de responsabilidade pelas fugas nos gasodutos, denunciando um "ataque terrorista" contra a União Europeia.
"A fuga de gás em grande escala do Nord Stream 1 não é mais do que um ataque terrorista planeado pela Rússia e um ato de agressão contra a União Europeia", disse o conselheiro presidencial ucraniano Mykhailo Podoliak no Twitter, citado pela agência de notícias francesa AFP.
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