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Ataque ao Save the Children faz seis mortos

24 de janeiro de 2018 às 15:19
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O ataque de hoje contra a delegação da ONG Save the Children, em Jalalabad, Afeganistão, reivindicado pelo Daesh fez seis vítimas mortais, incluindo três dos quatro atacantes.

O ataque de hoje contra a delegação da organização não-governamental (ONG) Save the Children em Jalalabad (leste do Afeganistão), reivindicado entretanto pelo grupo extremista Daesh, fez seis mortos, segundo fontes locais.

Attahullah Khogyani, porta-voz do governo da província de Nangarhar, à qual pertence Jalalabad, precisou que o novo balanço confirma seis mortos, incluindo um civil e três atacantes, e pelo menos 20 feridos.

As restantes vítimas mortais são dois polícias.

"Cerca de 45 trabalhadores que estavam retidos no edifício foram resgatados e retirados", acrescentou Attahullah Khogyani, admitindo que o número de vítimas pode aumentar nas próximas horas.

Segundo Khogyani, o ataque foi iniciado "por volta das 09h10 (04h40 em Lisboa)" por um bombista suicida, seguindo-se um tiroteio.

Numa mensagem divulgada pela agência de notícias Amaq, ligada aos extremistas, o Estado Islâmico reivindicou o ataque, indicando que a "operação de martírio" tinha como objetivo duas organizações estrangeiras, "uma britânica e uma sueca", e um organismo governamental afegão.

De acordo com a mensagem, quatro terroristas participaram no ataque, embora Khogyani tenha referido apenas três atacantes.

O porta-voz da polícia de Nangarhar, Hazrat Hussain, disse, em declarações à agência espanhola EFE, que as forças de segurança continuam a procurar possíveis outros atacantes dentro do edifício.

A Save the Children já manifestou o seu desalento face ao atentado na sua delegação de Jalalabad e declarou-se preocupada com a segurança dos funcionários no Afeganistão.

Num comunicado, a ONG britânica indica que aguarda saber pormenores sobre o sucedido.

Este não é o primeiro ataque de que a organização é vítima no Afeganistão.

A 02 de Março de 2015, cinco dos seus trabalhadores foram sequestrados e posteriormente executados no sul do país, na região de Tarin Kot, alvo dos talibãs.

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